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Governo admite redução de pessoal, frota e rotas na TAP

O ministro das Infraestruturas e Habitação garante que o Governo não quer uma "TAP pequena", mas admite que a reestruturação da companhia aérea contemple reduções no pessoal, frota e número de rotas. Pedro Nuno Santos diz ainda que uma parceria com a alemã Lufthansa seria bem-vinda.

10 de Junho de 2020 às 18:07
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O Governo admite que a reestruturação na TAP para tornar a companhia viável a médio e longo prazo possa incluir redução de pessoal, frota de aeronaves e número de rotas. Mas, sublinha o ministro das Infraestruturas e Habitação, o Estado não quer "uma TAP pequena".

Pedro Nuno Santos falava esta quarta-feira numa conferência de imprensa após a Comissão Europeia ter dado "luz verde" a um apoio financeiro público até 1.200 milhões de euros à companhia aérea portuguesa.

Sobre o plano de reestruturação que vai ser implementado na TAP, Pedro Nuno Santos referiu que tem de garantir "a viabilidade da empresa no médio e longo prazo", mas que não pode ser "excessiva" nem "agressiva", porque o Estado não quer "uma TAP pequena". 


Ainda assim, questionado sobre a possivel redução de rotas, aviões e pessoal na TAP, o ministro afirmou que, apesar de não querer "especular", "não seria sério se dissesse" que estas não podem ser algumas das consequências da reestruturação. 

"A Comissão Executiva terá um papel muito importante para demonstar que a empresa tem negócio", ressalvou o ministro, admitindo que a TAP tem atualmente "uma dimensão superior às necessidades", e que será necessário "ajustar às necessidades que teremos nos próximos anos".

O plano de reestruturação deverá ser aprovado pela Comissão Europeia até ao primeiro trimestre de 2021, e terá de garantir que a empresa "é viável por dez anos", ou seja, que "é capaz de se financiar por si, sem auxilio de Estado", sublinhou João Nuno Mendes, o ex-administrador da Águas de Portugal a quem o Governo encarregou de coordenar o grupo de trabalho criado para resolver a crise na TAP, e que liderou as negociações com a comissão europeia, a TAP e o acionista privado.


Governo não vê Lufthansa "com maus olhos"


Questionado sobre as negociações que decorriam, até há algumas semanas, entre a TAP e a alemã Lufthansa, Pedro Nuno Santos usou a mesma expressão. "O Estado português não veria com maus olhos uma parceria com Lufthansa. Temos consciência que as companhias aéres têm dificuldade em operar e sobreviver isoladamente". 

Ainda assim, face à atual crise, "a Lufthansa está a enfrentar um desafio tão grande como nós, e é natural que as preocupações de curto prazo sejam com a própria companhia. Não é uma questão que esteja no imediato nas nossas preocupações, mas no futuro será importante estabelecer parcerias com outras companhias", considerou o ministro. 

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