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Força Aérea cede espaço para aeroporto de Lisboa chegar a 72 movimentos por hora
A Força Aérea e a NAV fecharam acordos que preveem a cedência de espaço aéreo de Sintra a partir de abril de 2020 e a cedência parcial do espaço aéreo de Monte Real a partir do Verão IATA 2021.
A INFANAV, entidade que tem a seu cargo a gestão estratégica do espaço aéreo, aprovou a 23 de outubro o projeto para a reorganização do espaço aéreo da Área Terminal de Lisboa (ATL), anunciou esta segunda-feira a NAV Portugal. Desta forma, salienta que estão reunidas as condições para aumentar gradualmente a capacidade até aos 72 movimentos/hora – valor que compara com os atuais 44.
Segundo adianta na mesma nota, os termos previstos nestes acordos entre a Força Aérea e a NAV preveem a cedência de espaço aéreo de Sintra a partir de abril de 2020 e a cedência parcial do espaço aéreo de Monte Real a partir do Verão IATA 2021.
No caso de Sintra, o objetivo visa a viabilização do "Point Merge System" – o novo sistema de encaminhamento de tráfego - já a partir de abril de 2020, acrescenta a NAV.
"Através dos acordos são redefinidos limites verticais e laterais do espaço aéreo sob jurisdição militar, assim como limites verticais da ATL de modo a permitir novos procedimentos para o aeródromo de Cascais", afirma a empresa de navegação aérea, acrescentando que "os acordos foram desenhados de forma a garantir igualmente a execução das missões da Força Aérea, necessárias para assegurar a prontidão do seu sistema de forças".
A NAV garante ainda que a reorganização operacional do espaço aéreo em curso "não só irá aumentar a capacidade aeroportuária de Lisboa, como oferecerá uma estrutura de espaço aéreo mais eficiente, permitindo uma melhor gestão do tráfego na fase de aproximação a Lisboa e, desta forma, a redução de atrasos e do total de emissões de gases de estufa associadas ao transporte aéreo".
O projeto foi preparado pelo Grupo de Trabalho Espaço Aéreo (GTEA), que foi criado por decisão do Órgão para a Coordenação da Gestão e Uso do Espaço Aéreo (OCEA) e integrou representantes da Autoridade Aeronáutica Nacional, da Autoridade Nacional da Aviação Civil, da Força Aérea Portuguesa e da NAV Portugal.
O projeto agora aprovado, diz ainda a NAV, "significa o cumprimento integral das tarefas atribuídas ao GTEA que, todavia, deverá voltar a ser reunido assim que avançarem os processos de reorganização do dispositivo da Força Aérea e da implementação do aeroporto complementar de Lisboa".