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Etihad Airways vai cortar até três mil postos de trabalho
A companhia sediada em Abu Dhabi está a levar a cabo um plano de reestruturação para melhorar a produtividade e as receitas e reduzir custos, numa altura de fraco crescimento da actividade.
A Etihad Airways vai eliminar até três mil postos de trabalho em várias unidades, numa altura em que a companhia aérea procura adaptar a sua estrutura a um crescimento mais lento da actividade, depois de vários anos de forte expansão, avança a Bloomberg esta segunda-feira, 19 de Dezembro.
A empresa sediada em Abu Dhabi está a levar a cabo "revisões organizacionais e uma reestruturação" para reduzir custos e melhorar a produtividade e as receitas", informou um porta-voz da Etihad, por email, em resposta a questões colocadas pela agência noticiosa. Isto resultará "numa redução do número de funcionários" em algumas partes do negócio "num cenário cada vez mais competitivo e numa economia global mais fraca".
A diminuição do número de funcionários já começou há algumas semanas e poderá atingir até três mil postos de trabalho, segundo fontes próximas da empresa, citadas pela Bloomberg.
Esta abordagem representa uma reviravolta na estratégia de empresa que triplicou a sua força de trabalho para 20.292 funcionários nos últimos oito anos, um período em que a sua frota subiu de 42 para 122 aeronaves.
A sua estratégia de crescimento passou pela compra de participações em companhias europeias como a Air Berlin e a Alitalia, que estão ambas com dificuldades em manter o crescimento da sua actividade.
Tal como as restantes companhias do Golfo Pérsico, a Etihad tem sofrido o impacto decorrente da queda dos preços do petróleo, que penalizou toda a economia daquela região. A Emirates reportou uma queda de 64% dos lucros do primeiro semestre, enquanto a Qatar Airways declarou recentemente que a procura da indústria de petróleo e gás abrandou com a queda dos preços da matéria-prima.
Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo, o resultado líquido das companhias do Médio Oriente, em conjunto, deverá descer de 900 milhões de dólares, este ano, para 300 milhões em 2017.