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Alitalia avança para insolvência após trabalhadores rejeitarem plano de recuperação

Depois dos trabalhadores rejeitarem o plano de recuperação da empresa, a administração da companhia aérea deu início ao processo de insolvência.

Bloomberg
Negócios 25 de Abril de 2017 às 22:01
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O Conselho de Administração da companhia aérea italiana Alitalia decidiu dar início ao processo de reorganização judicial da empresa, depois de ter esgotado todas as opções de salvação da empresa.

 

Esta decisão surge depois de os trabalhadores da Alitalia, detida em 49% pela Etihad Airways, terem rejeitado o plano de recuperação apresentado para a empresa.

 

"A raiva dos trabalhadores venceu", disse Antonio Piras, secretário-geral do sindicato Fit-Cisl, detalhando que o plano, que tinha sido acordado previamente com os sindicatos, foi chumbado por dois terços dos trabalhadores.

 

Este chumbo complica a situação financeira da companhia de bandeira que já foi resgatada por diversas vezes ao longo dos últimos anos pelo governo italiano bem como com a ajuda de investidores privados.

 

O plano em causa previa o corte de 1.700 postos de trabalho e a redução em 8% dos ordenados dos tripulantes de cabine da Alitalia. Segundo o jornal britânico, que cita fontes anónimas, a Alitalia registou lucros poucas vezes ao longo dos 70 anos de vida e está a perder cerca de 500 mil euros por dia.

 

Em resposta ao chumbo dos trabalhadores e numa altura em que está sem liquidez para continuar a operar por muito mais tempo, a gestão da Alitalia decidiu avançar com os "procedimentos legais" que resultarão no pedido de um administrador judicial. Este é o primeiro passo para a Alitalia iniciar um processo de insolvência.

 

A equipa de gestão da Alitalia "lamenta" a rejeição do plano de redução de custos, que pretendia dar a possibilidade de a empresa manter os seus investimentos e operações, e revela que o pedido de insolvência  vai ser discutido numa reunião marcada para quinta-feira.

 

Caso o pedido de insolvência se confirme, tal implicará muito provavelmente o fecho das rotas que dão prejuízos (a maioria ao nível doméstico) e a venda de aeronaves para ajudar a pagar aos credores.

 

"O cenário mais provável é avançar para um período em que a Alitalia fica sob administração especial, que pode ficar concluído em seis meses com a venda parcial ou total dos activos da Alitalia ou então a liquidação", disse o ministro da economia italiano, Carlo Calenda.

 

 

 

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