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Manuel Machado: Estudo de Coimbra sobre aeroporto no Centro é para ajudar à coesão do País

A Câmara de Coimbra promoveu o estudo, pois é fundamental que a região disponha de "uma infraestrutura aeroportuária para voos nacionais e internacionais" e entendeu que deveria "dar um contributo ao país e ao Governo" para criar uma alternativa à Base Aérea de Monte Real (BA5), no concelho de Leiria, cuja abertura ao tráfego civil é reivindicada "desde 1962".

21 de Setembro de 2020 às 19:05
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O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado (na foto), disse hoje que o estudo sobre a criação de um aeroporto na região Centro, encomendado pelo município, é um contributo ajudar a tornar o país "mais coeso".

O estudo promovido recentemente pela Câmara de Coimbra no sentido de construir uma infraestrutura aeroportuária a sul de Coimbra, de modo a servir diretamente esta e outras cidades como "Fátima, Figueira da Foz e Leiria, entre outras", e para "ajudar o Governo a desenvolver um país mais coeso foi apresentado ao ministro da tutela [Pedro Nuno Santos] no início deste ano", disse à agência Lusa Manuel Machado.

A apresentação foi feita no Ministério das Infraestruturas e da Habitação, em Lisboa, pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra, porque esta entidade, que agrega 19 municípios, "também está empenhada neste assunto [criação de um aeroporto], que é um desígnio estratégico para a região Centro", sublinhou.

A Câmara de Coimbra promoveu o estudo, pois é fundamental que a região disponha de "uma infraestrutura aeroportuária para voos nacionais e internacionais" e entendeu que deveria "dar um contributo ao país e ao Governo" para criar uma alternativa à Base Aérea de Monte Real (BA5), no concelho de Leiria, cuja abertura ao tráfego civil é reivindicada "desde 1962".

Foi constituído, há décadas, um movimento para defender a abertura da BA5 à aviação civil -- que Manuel Machado integrou, afirma o próprio --, mas "considerando o tempo que passou", o autarca quis "dar este contributo", propondo a criação de um aeroporto a sul de Coimbra, servindo diretamente uma área geográfica ("até uma hora de distância") com um população que ultrapassa os dois milhões de habitantes.

A abertura da BA5 ao tráfego civil "não está disponível por razões de estratégia e segurança nacional", como se depreende de "declarações recentes do ministro da Defesa", adianta Manuel Machado.

"A postura de Coimbra não é de desavença, é uma postura séria para encontrar soluções válidas para servir o todo nacional e a região Centro", sustenta o autarca socialista, que também é presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Trata-se de "ajudar a encontrar soluções" para que "não se esteja à espera mais 60 anos para resolver o problema" e para "ajudar o Governo a criar um país mais coeso", conclui o presidente da Câmara de Coimbra.

Em entrevista ao programa Conversa Capital, da Antena 1 e Jornal de Negócios, Ana Abrunhosa classificou de "mau exemplo" a disputa entre as regiões de Leiria e Coimbra pela construção de um novo aeroporto na região Centro. "Hoje, na região Centro, temos várias cidades a reclamar o aeroporto, isto não é coesão", enfatizou a ministra.

A ministra da Coesão Territorial, que antes de ir para o Governo liderou a Comissão de Coordenação do Centro (CCDRC), exortou "todos os interessados" no novo aeroporto daquela região a unirem-se em redor de um projeto, trabalharem em conjunto e garantirem que é sustentável.
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