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CGTP não quer TAP no jogo das "low cost"
Arménio Carlos diz que a prioridade é reverter o processo de privatização da companhia aérea na Assembleia da República. O líder da CGTP critica também a estratégia apresentada pelos novos donos da TAP e pediu aos trabalhadores que resistam.
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Negócios
18 de Novembro de 2015 às 19:59
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, pediu esta quarta-feira aos trabalhadores da TAP que "resistam" à privatização da companhia aérea, considerando que "a primeira prioridade é reverter o processo" de venda.
No final do plenário da comissão de trabalhadores da TAP, o líder da CGTP sublinhou que a Assembleia da República "não pode deixar de se manifestar sobre o momento" e "tomar uma decisão". Em sua opinião, o Governo, estando em gestão, não tinha poderes para concluir o processo de venda, acusando ainda o Executivo de ter "manipulado dados e mentido", além de ter "conflituado com a Assembleia da República e a Presidência da República".
Arménio Carlos criticou também a estratégia para a TAP divulgada já pelos novos donos da empresa, Humberto Pedrosa e David Neeleman. "A TAP não é a Ryanair", afirmou o secretário-geral da CGTP à entrada da sede da empresa. Em sua opinião, se a companhia "entrar neste jogo da concorrência" com as low-cost, "nem temos TAP nem temos nenhuma empresa como exemplo de referência de estratégia de desenvolvimento do país" .
Arménio Carlos realçou ainda a necessidade de se aprofundar o negócio feito entre o Estado e a Atlantic Gateway, que na passada quinta-feira concluiu a compra de 61% da companhia aérea à Parpública. O responsável referiu mesmo "uma grande promiscuidade entre o factor público e o factor privado", que entende que "precisa de ser averiguado pelas autoridades competentes".
O secretário-geral da CGTP disse ainda não acreditar no cenário traçado pelo Governo antes da conclusão da privatização, de haver um risco efectivo de os aviões poderem ficar no chão e dos salários dos trabalhadores não serem pagos. Para Arménio Carlos, se essa era a situação da companhia é necessário apurar responsabilidades.
Aos trabalhadores da TAP, Arménio Carlos pediu que "resistam" e que "assegurem que a TAP continua a ser pública e que continua a prestar um serviço de qualidade".
No final do plenário da comissão de trabalhadores da TAP, o líder da CGTP sublinhou que a Assembleia da República "não pode deixar de se manifestar sobre o momento" e "tomar uma decisão". Em sua opinião, o Governo, estando em gestão, não tinha poderes para concluir o processo de venda, acusando ainda o Executivo de ter "manipulado dados e mentido", além de ter "conflituado com a Assembleia da República e a Presidência da República".
Arménio Carlos realçou ainda a necessidade de se aprofundar o negócio feito entre o Estado e a Atlantic Gateway, que na passada quinta-feira concluiu a compra de 61% da companhia aérea à Parpública. O responsável referiu mesmo "uma grande promiscuidade entre o factor público e o factor privado", que entende que "precisa de ser averiguado pelas autoridades competentes".
O secretário-geral da CGTP disse ainda não acreditar no cenário traçado pelo Governo antes da conclusão da privatização, de haver um risco efectivo de os aviões poderem ficar no chão e dos salários dos trabalhadores não serem pagos. Para Arménio Carlos, se essa era a situação da companhia é necessário apurar responsabilidades.
Aos trabalhadores da TAP, Arménio Carlos pediu que "resistam" e que "assegurem que a TAP continua a ser pública e que continua a prestar um serviço de qualidade".