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CEO da TAP ouvida hoje no Parlamento sobre caso Alexandra Reis

Christine Ourmières-Widener será ouvida esta quarta-feira, a partir das 10h30, na comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação após um requerimento potestativo do Chega. A CEO da TAP será interpelada sobre o processo de saída da companhia aérea da ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, tendo recebido uma indemnização de 500 mil euros.

António Cotrim / Lusa
18 de Janeiro de 2023 às 07:15
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A presidente executiva da TAP é ouvida esta quarta-feira na comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação sobre a polémica em torno da saída da ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis da administração da companhia aérea.

A audição, que decorre de um requerimento potestativo do Chega, "para que finalmente consiga a Assembleia da República alcançar a verdade que tanta falta faz para dissipar a névoa que envolve toda esta novela", segundo o documento.

A polémica envolvendo Alexandra Reis estalou a 24 de dezembro, quando o Correio da Manhã noticiou que a ex-governante tinha 

recebido uma indemnização no valor de 500.000 euros por sair antecipadamente, em fevereiro do ano passado, do cargo de administradora executiva da TAP, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos.

Alexandra Reis assumiu, em junho a presidência da NAV Portugal - Navegação Aérea, igualmente tutelada pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação.

Já no início de dezembro, Fernando Medina escolheu Alexandra Reis para secretária de Estado do Tesouro.

A notícia da indemnização paga motivou fortes críticas ao Governo e levou os ministros das Infraestruturas e Habitação e das Finanças a pedirem explicações à administração da TAP. Na resposta, a companhia aérea, que havia comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que Alexandra Reis tinha renunciado ao cargo, indicou que a saída da ex-governante surgiu de "iniciativa da administração da TAP" e que esta tinha pedido inicialmente uma indemnização de 1,4 milhões de euros.

Esta resposta da TAP levou a que os ministérios das Finanças e Infraesturas pedissem à Inspeção-Geral de Finanças (IGF) que averiguasse o caso.

A 27 de dezembro, Alexandra Reis apresentou o pedido de demissão a pedido de Medina. Na madrugada de 29 de dezembro o caso provocou duas baixas no Governo: o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, demitiram-se.

Os partidos com assento parlamentar pediram a audição de Pedro Nuno Santos, Fernando Medina, Alexandra Reis, o presidente do Conselho de Administração da TAP, Manuel Beja, e a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, mas o PS "chumbou" a proposta.

Em resposta, o PSD avançou com um requerimento potestativo para ouvir Fernando Medina, o que viria a suceder a 6 de janeiro.

Agora, o Chega utilizou a mesma figura regimental para levar a CEO da companhia aérea a explicar-se aos deputados.

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