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CEO da Boeing de saída. Fabricante norte-americana prepara novo “board”

Dave Calhoun vai deixar o cargo de presidente executivo da Boeing no final do ano. E as saídas não ficam por aqui.

Benoit Tessier/Reuters
25 de Março de 2024 às 14:32
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O presidente executivo da Boeing, Dave Calhoun, anunciou esta segunda-feira que vai deixar o cargo no final do ano, após concluir o trabalho que tem em mãos de "estabilizar" o futuro da empresa que tem estado envolvida em várias polémicas. A informação foi avançada pela fabricante de aviões norte-americana em comunicado. Mas as mexidas não vão ficar por aqui. 


O presidente do conselho de administração, Larry Kellner, também já informou que não está disponível para uma reeleição na próxima assembleia geral de acionistas. O "board" já elegeu Steve Mollenkopf, que está no conselho executivo desde 2020, para suceder a Kellner como presidente independente do conselho. Nesta função, Mollenkopf irá liderar o processo de seleção do próximo CEO da Boeing.


"Foi o maior privilégio da minha vida servir a Boeing", disse Calhoun  numa carta enviada aos funcionários. "Os olhos do mundo estão voltados para nós e sei que passaremos por este momento como uma empresa melhor. Vamos continuar totalmente focados em concluir o trabalho que fizemos juntos para devolver a estabilidade à nossa empresa após os extraordinários desafios dos passados cinco anos, com segurança e qualidade na vanguarda de tudo o que fazemos", acrescentou.


No mesmo comunicado, a empresa anunciou ainda que Stan Deal, presidente e CEO da Boeing Commercial Airplanes, também irá abandonar o cargo e efeito imediato. Stephanie Pope, que recentemente foi nomeada diretora de operações da Boeing, foi o nome escolhido para a substituir.


As mudanças acontecem numa altura em que a Boing tem estado envolvida em polémicas no seguimento de uma avaria do 737 MAX 9 no final do ano passado. A United Airlines e a Alaska Airlines encontraram "peças soltas" em várias aeronaves deste modelo durante inspeções levadas a cabo depois de um incidente com a companhia aérea do Alasca.  Desde então, já houve mais dois incidentes a envolver outras aeronaves da Boeing o que levou a um maior escrutínio à empresa e ao apelo dos reguladores para efetuar algumas mudanças. 


A fabricante de aeronaves norte-americana Boeing já tinha anunciado a demissão de Ed Clark, responsável pelos aviões 737 Max, um mês e meio depois do incidente com o aparelho da Alaska Airlines.


O modelo anterior da Boeing, o 737 Max 8, já tinha estado envolvido em dois acidentes graves: em outubro de 2018, quando uma destas aeronaves se despenhou com 189 pessoas a bordo no mar de Java, e em Março de 2019, quando um voo da Ethiopian Airlines se despenhou com 157 pessoas a bordo. Após estes acidentes, o modelo 737 Max foi proibido de voar, uma restrição que tinha sido levantada em 2020 após a fabricante ter levado a cabo um conjunto de modificações.

Nem a TAP nem a SATA têm aeronaves da Boeing. As frotas das companhias aéreas comerciais portuguesas são constituídas maioritariamente por vários modelos da Airbus e da Embraer, no caso da TAP.

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