A ANA Aeroportos defende que a adopção de meios tecnológicos é uma alternativa para garantir os procedimentos de controlo de segurança, "tornando menos vulnerável a regularidade das operações e o conforto dos passageiros".

A posição da gestora aeroportuária surge depois da greve dos trabalhadores de empresas de segurança - Prosegur e da Securitas - que decorreu no passado sábado, 27 de Agosto contra as condições laborais a que estão sujeitos. Há relatos de trabalhadores a comer na máquina do raio-x do aeroporto.

A adopção de novas tecnologias nessa área é agora uma opção que a ANA Aeroportos diz que "irá analisar com" o regulador da aviação, a ANAC, e entidades policiais.

A empresa comprada em 2012 pelos franceses da Vinci, por três mil milhões de euros, considera que a última paralisação "não teve praticamente impacto" nos aeroportos do Porto, Faro, Funchal, Porto Santo, Ponta Delgada, Santa Maria e Flores. E reconhece que o aeroporto Humberto Delgado em Lisboa foi o mais afectado.

A ANA Aeroportos acusa as entidades sindicais de não terem cumprido os serviços mínimos decretados, informando que na capital "apenas compareceram 45% dos recursos previstos pelo despacho que regulou os serviços mínmos".

E vai mais longe: "Lamentam-se e repudiam-se as medidas de intimidação e desinformação utilizadas para impedir de trabalhar os colaboradores do prestador de serviço que o desejavam fazer."

A gestora assegura que os 1.195 voos planeados foram todos realizados, embora com atrasos, naquele que seria "um dos sábados de maior tráfego do ano." Apenas 3% dos passageiros não conseguiram embarcar, informou esta terça-feira, 30 de Agosto, em comunicado.

A garantia é de que nenhuma das medidas adoptados pôs o causa o controlo de segurança, com inspectores da ANAC presentes no aeroporto de Lisboa para acompanhar os referidos procedimentos.