O fabricante aeronáutico europeu Airbus assegurou 731 encomendas em 2016 (mais de 300 das quais só no mês de Dezembro), um valor que superou as da concorrente norte-americana Boeing, cujo livro de encomendas contou com 668 aparelhos reservados.

No entanto, segundo a Reuters, a Boeing voltou a liderar em entregas no ano passado, ao fazer chegar ao mercado 748 aparelhos, mais 60 que os 688 aviões que foram entregues pela companhia sediada no Velho Continente.

No ano passado, a Airbus registou uma subida de 8% nas entregas, fazendo com que o número final ficasse acima das previsões - os últimos números estimavam a entrega de 670 aparelhos mas o acelerar das entregas no final do ano depois da resolução de problemas de fornecimento de peças permitiu alcançar aquele valor.

A empresa europeia avisa que o número de encomendas pode abrandar ainda mais em 2017, numa altura em que os fabricantes estão concentrados em fazer sair do papel os aparelhos que já tinham sido reservados nos anos anteriores. Além disso, de acordo com os analistas, permanecem preocupações com a evolução dos principais mercados, além de que faltam novos modelos que impulsionem a procura.

A impulsionar as encomendas da Airbus esteve o acordo para fornecimento de aparelhos ao Irão - 98 aviões. Um mercado que a Boeing não contabilizou e para onde vendeu 80 aviões. Se estes aparelhos tivessem entrado nas contas dos norte-americanos, a empresa teria superado a Airbus.
  

No ano que agora começa, o fabricante europeu espera entregar mais de 700 aviões.