A Airbus recebeu uma encomenda para a produção de 255 novos aviões por parte do fundo norte-americano Indigo Partners. É o primeiro grande negócio no setor desde o início da pandemia.

A Indigo, fundada e gerida pelo investidor Bill Franke, tem participação de várias companhias aéreas, incluindo a norte-americana Frontier, a húngara Wizz Air, a mexicana Volaris e da Jetsmart, na China e Argentina.

Em declarações à CNBC, durante o Dubai Air Show, o presidente executivo da Airbus, Guillaume Faury, explicou que o negócio para a compra de 255 aviões A321 é "um sinal muito positivo de que estamos a caminhar no bom sentido".

O valor do negócio não foi tornado público, mas é apontado que ficará na casa dos milhares de milhões de dólares.

"É uma encomenda que nos leva para a segunda metade da década – é muito importante para a Airbus ter perspetiva de longo prazo, para planear a produção enquanto saímos de uma crise pandémica que foi um travão à procura", afirmou Guillaume Faury à CNBC.

Aposta no futuro

Na entrevista à CNBC, o CEO da Airbus também se debruçou sobre a questão das alterações climáticas e o papel do setor da aviação nas mudanças a levar a cabo. Faury recusou que a COP26, em Glasgow, tenha sido um falhando, classificando a cimeira do clima como "um passo muito importante". E garantiu que a Airbus que "liderar o processo de descarbonização".

"Na Airbus acreditamos fortemente no hidrogénio. É a melhor maneira de afastar o carbono da aviação. Requer muita engenharia, muito trabalho – é o que estamos a fazer", vincou o gestor.

Em setembro passado, a Airbus apresentou os seus primeiros três modelos de avião movidos a hidrogénio, que a empresa espera colocar no mercado em 2035.