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Air France e Finnair entre companhias que suspenderam voos no espaço aéreo da Bielorrússia

Várias companhias aéreas estão a suspender a passagem de voos pelo espaço aéreo da Bielorrússia. Esta segunda-feira, os líderes europeus pediram às companhias europeias para suspender a passagem por este espaço.

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25 de Maio de 2021 às 12:20
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A Air France, a Finnair ou a Singapore Airlines estão entre as companhias aéreas que já anunciaram a suspensão da passagem de voos no espaço aéreo da Bielorrússia. Após o desvio de um avião da Ryanair, onde seguia um jornalista procurado pelo regime de Lukashenko, Bruxelas pediu ontem às companhias aéreas europeias que evitassem sobrevoar o território bielorrusso. Além disso, o bloco dos 27 baniu também as companhias bielorrussas de usar o espaço aéreo da União Europeia ou o acesso a aeroportos na Europa.

Através de comunicado, a Air France detalhou que "tomou nota" das conclusões da reunião do Conselho Europeu desta segunda-feira, anunciando que vai suspender os voos no espaço aéreo da Bielorrússia até indicação em contrário. Os aviões da companhia que já estejam em movimento vão ter os planos de voo alterados, especificou a companhia francesa.

A Finnair, a companhia aérea da Finlândia, também acedeu ao pedido de Bruxelas. Já a Singapore Airlines explicou que irá modificar as rotas de algumas ligações "com destino à Europa para evitarem o espaço da Bielorrússia", avançou um porta-voz da companhia à agência AFP.

Além destas companhias, também a escandinava SAS, a alemã Lufthansa e a Air Baltic fizeram anúncios semelhantes, ainda nesta segunda-feira. No caso da Lufthansa, um voo foi impedido de sair de Minsk, a capital da Bielorrússia, à hora prevista, devido a uma suspeita de ameaça de bomba. Os 51 passageiros a bordo do voo tiveram de desembarcar e ser novamente revistados: o voo com destino a Frankfurt, na Alemanha, partiu algumas horas depois do previsto. 

Através de declarações do secretário de Estado para os Transportes, Grant Shapps, também o Reino Unido instruiu as companhias britânicas para evitarem sobrevoar a Bielorrússia. O país suspendeu também as permissões operacionais à Belavia, a companhia aérea da Bielorrússia.

Já a Ucrânia anunciou que iria suspender os voos diretos entre os dois países.

O desvio de um avião da companhia low-cost Ryanair, que partiu de Atenas, na Grécia, este domingo com destino a Vilnius, na Lituânia, foi fortemente contestado pelos líderes europeus e pelas entidades norte-americanas. Este desvio, que terá representado uma violação sem precedentes aos protocolos aéreos que vigoram na Europa, resultou na detenção de um jornalista de 26 anos, Raman Pratasevich, crítico do regime do Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko. Aos olhos das autoridades do país, Pratasevich é visto como um dissidente. O jornalista era um dos passageiros a bordo do voo da companhia aérea irlandesa. Se inicialmente foi avançado que seguiam 171 pessoas a bordo do avião, mais tarde surgiram disparidades sobre os números concretos, com os relatos a divergir entre os 126 e 171 passageiros.

A pedido das autoridades da Bielorrússia, o avião da Ryanair foi obrigado a aterrar no aeroporto Minsk, a capital da Bielorrússia, já na noite deste domingo. De acordo com as agências internacionais, a justificação para esta aterragem terá sido uma ameaça de bomba.

Vários líderes europeus já pediram a libertação imediata do jornalista, responsável pelo Nexta, um canal noticioso no Telegram. Crítico do regime de Alexander Lukashenko, Roman Pratasevich residia na Lituânia desde novembro, já que é procurado na Bielorrússia, com base em acusações de terrorismo.
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