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Turistas britânicos vão ter de pagar roaming após o Brexit

O roaming vai acabar em meados de Junho, mas os britânicos deverão voltar a pagar estes custos quando a saída da União Europeia estiver concluída.

Neil Hall/Reuters
Negócios 07 de Fevereiro de 2017 às 11:03
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O Brexit vai obrigar os turistas britânicos a pagarem roaming quando viajarem nos países da União Europeia. Apesar do roaming ter o fim previsto para meados de Junho deste ano, caso o Governo britânico não chegue a acordo com Bruxelas, os britânicos vão ter de pagar mais a partir de 2019, com a saída da União Europeia.

A notícia é avançada pelo jornal The Guardian, que teve acesso a um documento do comité de indústria, investigação e energia do Parlamento Europeu.

Desta forma, a regulação europeia sobre roaming "não se vai aplicar em relação ao Reino Unido, impactando viajantes em trabalho e outros que viajam do e para o Reino Unido", e que será necessário um "regime transitório", segundo o documento.

A partir de 15 de Junho de 2017, quem viajar dentro da União Europeia terá os mesmos preços do que os praticados no seu país, tal como definido pela Comissão Europeia.

Os novos preços grossistas - o que os operadores pagam uns aos outros - serão aplicados a partir de 15 de Junho, a tempo dos operadores, diz a Comissão, se preparem para o fim das tarifas de "roaming".

Mas com o Brexit à vista - com data marcada para 2019 - as tarifas de roaming deverão voltar a ser pagas pelos britânicos no futuro próximo. Segundo dados de 2014, antes do roaming começar a ser reduzido, 20% dos viajantes britânicos pagavam uma factura superior ao normal quando viajavam no Reino Unido, pagando em média mais 61 libras (70,7 euros ao câmbio actual) do que o habitual, com 17% pagarem facturas superiores a 100 libras (116 euros).

"O Brexit está a ir ao bolso dos consumidores, desde o custo da alimentação, combustíveis e factura de telemóveis. As famílias não deviam pagar o preço pelos planos imprudentes deste governo para o Brexit", disse o líder do partido Liberais Democratas, Tim Farron.

"Theresa May deve lutar para nas negociações manter os benefícios dos consumidores britânicos como custos reduzidos de roaming", defendeu, citado pelo Guardian.
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