Notícia
Telecomunicações continuam a liderar queixas à Deco
A associação de defesa do consumidor anunciou que quase 460 mil portugueses procuraram os seus serviços no ano passado.
As telecomunicações continuam a ser o serviço de que mais utilizadores se queixam à Deco. A associação, que recebeu 460 mil reclamações no ano passado, adiantou em comunicado que "a alteração à lei das comunicações electrónicas infelizmente não se traduziu em melhorias para este sector, uma vez que as operadoras optaram por estratégias de fidelização dos clientes a longo prazo (2 anos), apresentando ofertas sem fidelização que apenas prejudicam o consumidor".
A associação salientou que são precisamente estas estratégias que levam os portugueses a procurar os seus serviços, num total de mais de 45.500 queixas.
A energia e a água também levaram os consumidores a recorrer à Deco. "Nestes sectores, destacam-se as dificuldades sentidas pelos consumidores no âmbito da facturação, seja por falta de envio da mesma, cobrança de consumos prescritos ou dupla facturação", salientou a associação. Paralelamente, mudar de fornecedor causa muitas dores e cabeça aos portugueses, devido "a abordagens comerciais pouco transparentes por parte dos diferentes comercializadores". Foram mais de 27.700 as queixas.
O comércio electrónico também já ocupa um lugar importante entre os sectores com mais queixas à Deco. "A maioria das situações de incumprimento prendem-se com a falta ou atraso na entrega dos produtos, a recusa de cancelamento da compra no prazo de reflexão e a falta de reembolso em caso de desistência da compra", diz a Deco.
Quanto ao futuro, a associação questiona a "energia mais verde mas sem informação clara ao consumidor", bem como a questão dos direitos digitais. "É seguro comprar através das redes sociais?", pergunta a Deco.
A associação recorda ainda questões ligadas com a sustentabilidade, como o escândalo da Volkswagen e pergunta se não haverá mais indústrias como o mesmo problema.