Os projectos desenvolvidos pela Portugal Telecom (PT) no campo do combate à infoexclusão podem vir a ser replicados noutros mercados onde a Altice marca presença. Um plano que, a avançar, seguirá uma estratégia semelhante à do centro de inovação da PT em Aveiro, que desde o início do ano passou a ser o quartel-general da Altice, desenvolvendo soluções para os 15 territórios onde o grupo francês está presente.

"A Altice Labs tem um papel fundamental no desenvolvimento de soluções para pessoas com necessidades especiais", disse Paulo Neves, CEO da PT, no final da cerimónia da assinatura de um memorando de cooperação na área de inclusão social com o Instituto nacional para a Reabilitação, a secretaria de Estado da Inclusão das Pessoas com deficiência e a secretaria de Estado das Infraestruturas, esta terça-feira, 2 de Fevereiro.

Paulo Neves sublinhou ainda que a PT tem sido uma referência dentro do grupo Altice, por isso, quanto à hipótese de replicar estas soluções no universo Altice, "diria que sim. A Altice Labs é sinónimo disso mesmo", sustentou.

O centro de inovação de Aveiro também desenvolve soluções na área de saúde e inclusão social, explicou. "E também pode ter um papel fundamental. O que fizemos aqui sim, poderá ser utilizado, como aliás já está com o Altice Labs, e o objectivo é que funcione para o grupo", acrescentou.

Já a criação de um modelo Fundação Altice "é que algo que não se coloca neste momento".

No âmbito da assinatura do novo protocolo, para combater a infoexclusão, Paulo Neves sublinhou ainda que o objectivo da PT "é garantir que essas pessoas [abrangidas no acordo] têm as ferramentas necessárias para conseguirem aderir, falar e comunicar como qualquer outra pessoa que não tenha necessidades especiais. É a nossa componente de responsabilidade social", disse, acrescentando que a operadora pretende continuar e até reforçar a aposta nesta área.