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Regulador chumba nomeação de dois administradores da Oi  

Dois dos gestores indicados pela Société Mondiale para integrar o a administração da Oi foram recusados pela Anatel. Um deles é filho do principal responsável do fundo que é um dos maiores accionistas da operadora brasileira que está em recuperação judicial.

Reuters

A Anatel, regulador do mercado de telecomunicações brasileiro, recusou a nomeação de dois administradores para o Conselho de Administração da Oi.

 

De acordo com um comunicado da portuguesa Pharol, a Anatel "denegou anuência prévia à efectivação da posse dos seguintes novos membros do Conselho de Administração da Oi: Pedro Grossi Junior e Nelson de Queiroz Sequeiros Tanure".

 

Este último é filho de Nelson Sequeiros Rodriguez Tanure, o responsável pela criação do fundo Société Mondiale, que é actualmente um dos maiores accionistas da Oi.

 

Apesar destes chumbos, a Anatel aprovou a indicação de seis administradores da Oi, todos nomeados pelo Société Mondiale. São eles Demian Fiocca, Hélio Calixto da Costa, Blener Braga Cardoso Mayhew, Luís Manuel da Costa de Sousa de Macedo, Nelson Sequeiros Rodriguez Tanure e José Manuel Melo da Silva.

 

Além do próprio Nelson Tanure (pai), fica efectivada desta forma a nomeação de mais dois administradores portugueses da Oi. São eles Luís de Sousa de Macedo, que actualmente tem a função de relações com investidores da Pharol e que durante muitos anos foi secretário-geral da PT SGPS; e José Manuel Melo da Silva, que esteve no Montepio e que substituiu Francisco Cary no conselho de administração da Pharol

 

A Oi, no comunicado, diz que está ainda a  avaliar "o teor das deliberações constantes da decisão da Anatel.

Entre os gestores a quem a Anatel deu o "ok", dois vão exercer funções executivas: Demian Fiocca, economista que está ligado ao BNDES e chegou a trabalhar na Telefónica  e Hélio Calixto da Costa, que foi ministro do planeamento.

 

Assim, a administração da Oi tem agora, como efectivos, cinco elementos da Pharol e outros tantos suplentes. Os efectivos mantêm-se Rafael Mora, João Pisco de Castro, Luís Palha da Silva, André Menezes Navarro e Pedro Morais Leitão, sendo suplentes, respectivamente, João Vicente Ribeiro, Luís de Sousa de Macedo, Nuno Vasconcellos e José Manuel Melo da Silva.

 

Esta recomposição do conselho de administração segue-se ao acordo alcançado entre a Pharol e a Société Mondiale, isto depois deste fundo ter pretendido a convocação de assembleias-gerais para a destituição precisamente dos administradores ligados à Pharol, numa altura em que pretendia, também, levar a Pharol e os seus administradores (ex e actuais) a Tribunal. A assembleia-geral acabou por não se realizar e a Pharol acabou por chegar a acordo com Nelson Tanure, que consegue assim entrar na administração da empresa. Antes do acordo, a Pharol chegou a apelidar o fundo de investidor oportunista e dizer que este accionista queria "tumultuar" o processo de recuperação da Oi.

Segundo o site da empresa, a Société Mondiale tem, actualmente, 6,32% da Oi e a Pharol 22,24%.

 

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