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Reclamações no setor das comunicações diminuíram em 2023

A faturação e contratação de serviços concentraram a maior fatia das reclamações, tendo as queixas relativas ao aumento dos preços registado a maior subida.

Pedro Ferreira / Cofina Media
07 de Março de 2024 às 12:44
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O setor das comunicações motivou menos queixas à Anacom em 2023 do que no ano anterior. No total, o regulador recebeu 107,1 mil queixas escritas contra prestadores de serviços de comunicações. Isto representa uma queda de 2% (menos três mil reclamações) face a 2022, divulga esta quinta-feira a Anacom.

"Do total, 69,8 mil reclamações, 65% respeitam a comunicações eletrónicas, menos 4% face a 2022; e 37,3 mil reclamações (35% do total) têm por objeto o setor postal", detalha.

A principal causa das reclamações prendeu-se com a faturação, que representou 19,1% das queixas nas telecomunicações.

No que diz respeito à faturação, adianta a Anacom, "a Vodafone foi responsável por 41% das reclamações". Já na contratação de serviços - o segundo tema que mais queixas teve - o destaque vai para a Nos e a Vodafone "que foram responsáveis, cada uma, por 37% das reclamações", diz o regulador.

Na assistência técnica, que motivou 13,1% das reclamações, a Meo foi alvo de 35% das reclamações.


As queixas relativas ao aumento dos preços foram as que mais cresceram em 2023 - ano em que os operadores telecomunicações anunciaram uma subida de até 7,8%, em linha com a inflação do ano anterior.


"A demora ou ligação inicial deficiente de serviços fixos foi o segundo motivo de reclamação que mais aumentou no período em análise e continua a ser o assunto mais reclamado pelos utilizadores de serviços, presente em 17% das reclamações do sector. Em contrapartida, a cobrança de penalização por cancelamento antecipado no caso de alterações de circunstâncias do reclamante foi o motivo que mais diminuiu", indica o regulador. 

Com exceção da Nos, que viu as reclamações subirem 4%, "todos os prestadores de serviços de maior dimensão viram diminuir as reclamações face a 2022", detalha ainda a Anacom. 

No setor postal, os CTT concentraram 82% das 37,3 mil reclamações recebidas pelo regulador. Ainda assim, este valor (30,5 mil) representa uma queda de 4% face ao ano anterior. Já a DPD foi alvo de 3,4 mil reclamações (37% do total), seguida por um conjunto de prestadores (como a UPS, a DHL e a General Logistics), que representaram cerca de 9% das reclamações registadas.

"A falta de tentativa de entrega no domicílio foi o motivo mais mencionado nas reclamações sobre serviços postais", refere a Anacom.

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