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Receitas da Altice Portugal sobem 5,1% para 549,1 milhões até março

A operadora atingiu receitas de 549,1 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 5,1% face ao mesmo período de 2020. Investimento também aumentou no trimestre.

Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal, lançou um novo programa de rescisões.
Vitor Mota
Cátia Rocha catiarocha@negocios.pt 25 de Maio de 2021 às 07:46
As receitas da Altice Portugal atingiram os 549,1 milhões de euros até março, mais 26,9 milhões face ao mesmo período do ano passado - uma subida de 5,1%. Já face ao trimestre anterior,as receitas caíram 2%, com a Altice a explicar que esta contração está ligada à evolução das vendas de equipamentos, habitualmente mais elevada no final do ano.

Para Alexandre Fonseca (na foto), presidente executivo da operadora, os resultados neste trimestre, que foi "marcado por um novo confinamento total", dão provas "da resiliência da empresa", algo que fica "bem patente no desempenho financeiro e operacional, que reforça a sua liderança absoluta em todos os serviços de telecomunicações no país."

Embora os impactos da pandemia de covid-19 "ainda se façam sentir um ano após a sua chegada a território nacional", indica Alexandre Fonseca, o primeiro trimestre de 2021 "revelou o ímpeto e a capacidade de resposta da Altice Portugal nos principais indicadores
financeiros e operacionais."

No primeiro trimestre, o EBITDA da Altice Portugal (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) fixou-se nos 204,3 milhões de euros, menos 2,8% em termos homólogos - algo que a operadora diz estar em linha com as previsões.

A curva evolutiva da receita foi acompanhada "pelo incremento de custos diretos e comerciais para suportar níveis elevados de crescimento quer da base de subscritores, quer da diversificação de portfólio, apesar da continuada disciplina de controlo dos custos operacionais", detalha a dona da Meo.

O investimento cresceu 6,8% nos primeiros três meses do ano, atingindo os 111,3 milhões de euros. Na mensagem do presidente executivo é indicado também o "reforço e expansão das redes" e o apoio a "áreas primordiais como a saúde, educação e proteção social".

A Altice Portugal reforçou a extensão de rede de fibra ótica nos primeiros três meses do ano, adicionado 97 mil casas. No total, até março eram contabilizadas 5,7 milhões de casas abrangidas por fibra ótica.

No segmento de consumo, as receitas subiram 3,3%, fixando-se nos 305,7 milhões de euros, contra os 296,1 milhões de euros registados no primeiro trimestre de 2020. A Altice refere que fatores como a expansão da cobertura em fibra e o portefólio de serviços convergentes determinaram o aumento da base de clientes.

Já no segmento de serviços empresariais, onde se incluem os segmentos empresarial B2B, ‘wholesale’ e as restantes unidades de negócio, foram registadas receitas de 243,4 milhões de euros, mais 7,6% comparando com os 226,2 milhões de euros registados há um ano.

"Futuro do país comprometido" pelo atraso no 5G
A mensagem do CEO da Altice Portugal contém ainda críticas ao atraso na implementação da quinta geração de redes móveis no país, que continua na fase de leilão para a atribuição de direitos de utilização de frequências em várias faias do espectro.

Destacando o investimento da Altice em Portugal na fibra, Alexandre Fonseca refere que, "apesar deste investimento ímpar que coloca Portugal como líder mundial na cobertura de redes FTTH (fiber to the home), o futuro do País encontra-se comprometido, com o atraso do leilão do 5G que se arrasta no tempo, há mais de três meses, mais precisamente 100 dias úteis de leilão em Portugal."

"O ambiente regulatório adverso e imprevisível e a forma como está a ser conduzido um dos dossiers mais importantes dos últimos tempos para o futuro e competitividade da Economia colocam Portugal na cauda da Europa, como um dos três únicos países sem serviço comercial 5G." Além de Portugal, só Malta e a Lituânia não têm qualquer tipo de serviço comercial de 5G.

"Este quadro regulatório sem precedentes, agravado pela ausência de visão estratégica nacional para o setor, é grave e preocupante, tendo já consequências irreversíveis a nível económico, social e tecnológico, pondo mesmo em causa a manutenção dos nossos compromissos com o país na inovação e investimento", sublinha o gestor, que acrescenta que a operadora terá de "analisar todos os cenários para que, com responsabilidade" possa "proteger a sustentabilidade da empresa dos impactos dos quais esta e o próprio setor têm sido alvo."
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