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Receitas da Altice Portugal estabilizam nos 509 milhões até março
A dona da Meo inverteu a tendência de queda das receias ao registar um ligeiro aumento de 0,4% para 509 milhões de euros impulsionado pelo aumento dos serviços empresariais e pela estabilização do segmento de consumo.
De janeiro a março deste ano as receitas da Altice Portugal inverteram a tendência de quebra que a operadora vinha a registar, tendo alcançado um ligeiro aumento de 0,4% para 509 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado. Estes valores comparam ainda com a diminuição dos proveitos em 0,1% registado no quarto trimestre de 2018 e com a redução em 3,1% no total do ano passado.
Em comunicado, a empresa liderada por Alexandre Fonseca justifica esta evolução com "o crescimento de 1,2% do segmento de serviços empresariais e pela estabilização no segmento de consumo", o qual apesar de ter recuado ligeiramente em 0,2% em termos de receitas registou "adições líquidas positivas pelo sexto trimestre consecutivo", traduzindo-se em "26 mil clientes nos últimos 12 meses". A operadora sublinha, contudo, que este resultado foi alcançado "apesar das medidas regulatórias desfavoráveis, como é o caso do decréscimo das tarifas de terminação".
O aumento do número de subscritores neste segmento foi potenciado, segundo a Meo, "pela estratégia de expansão da rede de fibra ótica, tecnologia que engloba 53% da base de clientes da operadora, após a adição de 41 mil serviços no primeiro trimestre.
A empresa revela ainda que no âmbito do plano de expansão da rede, cuja meta era chegar a 5,3 milhões de casas até 2020, no final de março a cobertura nacional alcançava já as 4,59 casas (um aumento de 102 mil lares face ao primeiro trimestre de 2018).
No segmento móvel, no período em análise, a base de clientes pós-pagos da Meo chegou quase a 3 milhões de subscrições, o que representa um aumento de 33 mil. No que toca às receitas desta área, caíram 3% face ao trimestre anterior.
Por sua vez, o investimento (capex) realizado nos três primeiros meses do ano situou-se nos 100 milhões de euros, quase em linha face aos 105 milhões registados no período homólogo. Além das redes de fibra, parte deste montante foi aplicado na expansão da capacidade da rede móvel 4G e "na manutenção das políticas comerciais de aquisição de novos clientes", detalha a operadora.
Já o EBITDA ajustado cifrou-se nos 206 milhões de euros, uma queda de 1,4% mas, mesmo assim, "uma melhoria significativa na tendência dos últimos cinco trimestres", explicadas pela Meo com a evolução das receitas, da estabilização das margens brita e comercial, mas também "de um maior controlo e rigor a nível de custos operacionais, mesmo os relacionados com a angariação de clientes, de marketing e de rede".
Alexandre Fonseca já tinha alertado no início deste ano que a empresa deverá perder entre 30 a 40 milhões de euros em receitas entre dois exercícios devido a medidas regulatórias. Em 2018 "evaporaram-se 17 milhões de euros em receitas devido a medidas regulatórias", como o presidente executivo da operadora tinha revelado num encontro com jornalistas.
No geral, a Altice Europe registou um aumento marginal das receitas de 0,5% para 3,5 mil milhões de euros, enquanto o EBITDA ajustado cresceu 7,2% para 1,2 mil milhões de euros.