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Patrick Drahi: “2019 vai ser um ano muito bom” para a Altice
O fundador da Altice está confiante que 2019 será um ano positivo para o grupo e garante que a reestruturação que estava em curso desde 2017 chegou ao fim. “Não vai haver mais custos”, assegurou.
"A reestruturação do grupo está concluída". A garantia foi dada esta quinta-feira por Patrick Drahi, fundador e presidente do grupo de telecomunicações Altice, numa conferência telefónica com analistas no âmbito da apresentação dos resultados do primeiro trimestre. "Não vai haver mais custos com a reestruturação", acrescentou o responsável.
O responsável referia-se ao plano implementado pelo Grupo no final de 2017 para fazer face à elevada dívida que a empresa tinha após inúmeras compras de ativos durante alguns anos. Na altura, Patrick Drahi anunciou que ia arrumar a casa e vender alguns ativos como algumas operações e infraestruturas não estratégicas. A venda da operação na republica Dominicana e do negócio das torres de comunicações em Portugal e em França foram algumas das alienações que contribuíram para baixar a dívida em mais de 10 mil milhões de euros desde então, situando-se agora em torno dos 30 mil milhões.
Patrick Drahi acredita que a Altice vai conseguir virar a página e que "2019 vai ser um ano muito bom" para a empresa. Aliás, a visão otimista de Patrick Drahi foi patente ao longo da conferência. "Quando olho para os resultados do primeiro trimestre, sinto que o resto do ano será ainda melhor".
De janeiro a março deste ano a Altice Europe registou um aumento marginal das receitas de 0,5% para 3,5 mil milhões de euros, enquanto o EBITDA ajustado cresceu 7,2% para 1,2 mil milhões de euros. "Pela primeira vez, desde a aquisição da SFR e da PT, os negócios nestes mercados estão a crescer. E registámos o melhor EBITDA desde a aquisição da SFR [2014]".
Por estas razões, o fundador da Altice quis deixar uma palavra de "agradecimento ao Armando [Pereira]" pela gestão da operação em França e ao "Alexandre [Fonseca] que tem feito um trabalho magnífico" na Altice Portugal.
De janeiro a março deste ano as receitas da Altice Portugal inverteram a tendência de quebra que a operadora vinha a registar, tendo alcançado um ligeiro aumento de 0,4% para 509 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado. A empresa liderada por Alexandre Fonseca justifica esta evolução com "o crescimento de 1,2% do segmento de serviços empresariais e pela estabilização no segmento de consumo".