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Pedro Mota Soares vai ser a voz das empresas de comunicações

O ex-ministro do CDS-PP, que falhou a eleição como eurodeputado e recusa suceder a Assunção Cristas, vai liderar nos próximos quatro anos a associação de um setor que vale 2,3% do PIB e emprega 18 mil pessoas.

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Outubro de 2019 às 12:34
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Deputado do CDS-PP durante cinco legislaturas e ministro do Emprego e da Segurança Social no Governo de coligação liderado por Passos Coelho, entre outros cargos políticos, Pedro Mota Soares vai liderar a Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas (APRITEL) até 2022, depois de falhar a eleição nas últimas eleições Europeias.

 

O advogado e assistente universitário, 45 anos, foi o nome escolhido pelas empresas do setor para "reforçar a representatividade" deste organismo, numa altura em que enfrenta desafios nacionais e europeus catalogados como "de grande relevância", como é o caso do 5G e da transposição da diretiva comunitária sobre o novo código europeu das comunicações eletrónicas.

 

De acordo com os dados da Anacom, citados numa nota de imprensa divulgada esta terça-feira, 15 de outubro, o setor das comunicações eletrónicas representa 2,3% do PIB português e dá emprega a cerca de 18 mil pessoas no país. Na direção da APRITEL têm assento cinco representantes da Meo, Nos, Vodafone, Nowo/Oni e AR Telecom.

 

As comunicações eletrónicas vão ser a chave para a economia e a sociedade do futuro e, por isso, é fundamental reforçar o diálogo com todos os ‘stakeholders’ do setor. Pedro Mota Soares, líder da Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas

 

Mota Soares promete "grande entusiasmo, dedicação e sentido de compromisso" no novo cargo. "As comunicações eletrónicas vão ser a chave para a economia e a sociedade do futuro e, por isso, é fundamental reforçar o diálogo com todos os ‘stakeholders’ do setor e elevar a associação ao patamar de interlocutor indispensável em todas as matérias relativas às comunicações eletrónicas", resume.

 

Fechou a porta ao CDS-PP

Desde o anúncio de demissão de Assunção Cristas, logo na noite eleitoral das legislativas que determinaram a redução da bancada parlamentar do CDS-PP a cinco elementos, este nome histórico do partido vinha sendo falado e sondado para ascender à liderança. No entanto, tal como Nuno Melo e depois declarado por Adolfo Mesquita Nunes, também Mota Soares já se mostrou indisponível para uma candidatura.

 

Em declarações ao Expresso, o antigo líder da Juventude Popular, que é licenciado em Direito e pós-graduado em Direito do Trabalho, sustentou que "a afirmação de uma liderança nova deve passar preferencialmente por alguém que esteja no Parlamento, e que terá mais condições objetivas, mais força e mais capacidade de afirmação".

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