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Mesquita Nunes não será candidato à liderança do CDS

No Facebook, o centrista respondeu negativamente ao apelo de Pires de Lima, esclarecendo que não será candidato à liderança do CDS.

Miguel Baltazar
13 de Outubro de 2019 às 17:08
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Adolfo Mesquita Nunes esclareceu este domingo, 13 de outubro, que não será candidato à liderança do CDS, em resposta ao desafio lançado por Pires de Lima, em entrevista ao Negócios e à Antena 1.

 

Na Conversa Capital, o gestor e antigo ministro admitiu esperar que Mesquita Nunes avançasse para a liderança do partido, citando a sua "ótima cabeça" e "experiência política relevante".

 

Contudo, numa publicação no Facebook, Mesquita Nunes esclareceu que não será candidato, ainda que tencione estar presente "na discussão sobre os desafios do CDS e sobre a necessidade de construir uma alternativa mobilizadora ao socialismo".

 

"Não serei candidato à liderança do partido, em coerência aliás com uma escolha que fiz em março deste ano, cuja fundamentação se mantém", escreveu.

 

Na publicação, Adolfo Mesquita Nunes acrescenta ainda que não pretendia "falar em público do CDS nem dos seus desafios futuros antes de o fazer no Conselho Nacional do partido, que decorrerá esta quinta-feira".

 

Contudo, o "calendário mediático" obrigou-o a tornar pública a sua decisão, explicou o antigo secretário de Estado, em referência ao apelo feito por Pires de Lima na entrevista ao Negócios e Antena 1.

 

Nessa entrevista, Pires de Lima disse não "querer pressionar" o antigo membro da sua equipa, no ministério da Economia, mas que tem esperança de ver o talento de Mesquita Nunes ser posto à prova numa função de liderança do partido.  

 

"Eu tenho esperança que mais cedo ou mais tarde - e se pudesse ser mais cedo do que mais tarde tanto melhor - o talento do Adolfo Mesquita Nunes, que é imenso, possa ser posto à prova numa função de liderança na política. Acho que seria um grande desperdício para o CDS se isso não viesse a acontecer no nosso partido", afirmou Pires de Lima.

 

"Tenho apreço pelo Adolfo, trabalhou comigo no Ministério da Economia, fizemos uma boa equipa que, ainda hoje, em termos de resultados tem consequências. O turismo é a área económica de Portugal mais dinâmica. Tem uma ótima cabeça, pensa bem, tem experiência política relevante, é um "doer" [fazedor]. Não o quero pressionar, mas penso que é, entre outros – falamos do João Almeida e poderá haver outras pessoas - que são ativos do partido e poderão eventualmente dar resposta a esse desafio que temos que resolver de uma forma rápida. Não podemos estar muitos meses com um líder indefinido nesta legislatura", concluiu.

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