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Palha da Silva substitui Mello Franco na presidência da PT SGPS
Nas propostas a levar aos accionistas na AG de 29 de Maio, Luís Palha da Silva é o nome apresentado para "chairman". O actual presidente do conselho de administração, João Manuel de Mello Franco, não consta da lista.
Luís Palha da Silva é o nome que vai ser proposto pela Visabeira, Novo Banco, Oi e RS Holding (Ongoing) aos restantes accionistas da Portugal Telecom SGPS, na assembleia-geral a realizar no próximo dia 29 de Maio, para presidir à empresa.
Na proposta relativa à eleição dos órgãos sociais da PT SGPS para o triénio 2015-2017, constam mais 10 nomes para o conselho de administração, nomeadamente Francisco Cary (nomeado recentemente administrador do Novo Banco e que já está no conselho da PT SGPS).
Actualmente, o "board" é presidido por Mello Franco e é composto por 15 membros (podendo ter até um máximo de 25). Com esta proposta, da actual administração saem então nove administradores e entram cinco novos nomes, incluindo Palha da Silva.
Recorde-se que, no passado mês de Abril, Luís Palha da Silva foi nomeado para presidente do conselho fiscal da Tranquilidade, antiga seguradora do Grupo Espírito Santo agora controlada pela gestora norte-americana Apollo Global Management. O gestor, que deixou a administração da Galp na assembleia-geral da petrolífera a 16 de Abril, já foi também presidente da Jerónimo Martins e administrador da Cimpor, entre outros cargos.
Rafael Mora e Nuno Vasconcellos (RS Holding) mantêm-se, bem como Francisco Cary e Jorge Cardoso do Novo Banco. João Castro (da Visabeira, em substituição de Paulo Varela) e Milton Vargas mantêm-se também como administradores.
José Mauro da Cunha, presidente do conselho de administração da Oi, entra para a lista, bem como os independentes Pedro Morais Leitão e João Vicente Ribeiro.
Da nova estrutura também faz parte Ricardo Malavazi Martins (da Oi).
De fora, além de Mello Franco ficam Marco Schroeder, Eurico Teles Neto (os dois da Oi), Gerald McGowan, José Basto, Mário de Matos Gomes, Rolando Oliveira, Alfredo Baptista e Shakhaf Wine, que foi notícia recentemente pela remuneração e prémios de quatro milhões de euros.
A proposta da nova estrutura é assinada, pela primeira vez, por todos os accionistas de referência da PT SGPS: Oi, Novo Banco, Visabeira e RS Holding.
Numa proposta de alteração dos estatutos, divulgada no dia 30 de Abril, os accionistas Novo Banco, Ongoing e Visabeira propuseram que o ponto referente à designação da PT SGPS fosse alterado, de forma a referir que "a sociedade é constituída sob a forma de Sociedade Anónima e adopta a denominação de PHarol, SGPS S.A".
Os signatários explicavam que as mudanças propostas se deviam às alterações verificadas na actividade da PT SGPS, havendo por isso, dizem, vantagens "da adopção, nessa nova realidade, do modelo de governo societário clássico, composto por conselho de administração, conselho fiscal e revisor oficial de contas".
Ainda assim, os estatutos propostos no final de Abril continuavam a admitir a existência de uma comissão executiva de até três elementos. Já o conselho de administração é composto por um mínimo de nove e um máximo de onze membros. Agora, na proposta comunicada esta quinta-feira, 7 de Maio, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMCM), o conselho de administração terá o máximo de 11 membros.
Conforme o Negócios já tinha avançado, a PT SGPS vai, ainda, mudar a sua sede social para a zona das Amoreiras.
(notícia actualizada às 00:06)