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Palha da Silva: “Não somos contra a diluição da participação na Oi”

O presidente do conselho de administração da ex-PT SGPS revelou ao Valor Económico que já houve propostas da direcção da Oi para a Pharol diluir a sua participação.

29 de Novembro de 2016 às 10:22
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A Pharol não se opõe à diluição da sua participação na Oi. A garantia foi dada por Luís Palha da Silva, presidente do conselho de administração da ex-PT SGPS, ao Valor Económico.

"Não somos contra a diluição em princípio", desde que "atente a todos os interesses das partes envolvidas", incluindo da Pharol, maior accionista da Oi com 27,5% (directa e indirectamente).

Para o "chairman" da Pharol uma diluição "aceitável", no âmbito do processo de recuperação judicial da Oi, teria que seguir "todos os critérios de equilíbrio entre as partes". Porém, considera que é um cenário "altamente improvável uma vez que a Pharol "tem interesse na Oi no longo prazo". Mas "no mundo dos negócios ninguém diz nunca", acrescentou.

Palha da Silva revelou ainda que no passado já houve propostas nesse sentido por parte da direcção da operadora brasileira, que está em recuperação judicial. Estas propostas, apesar de se traduzirem na diminuição da participação da Pharol na Oi, tinha luz verde do accionista, adiantou o "chairman". E deixou o recado: "Estamos totalmente disponíveis para ouvir as propostas [dos credores]", disse, citado pelo jornal brasileiro.

Com uma dívida de 65 mil milhões de reais a Oi avançou com o pedido de recuperação judicial, o maior da história brasileira. A lista de credores inclui várias empresas, incluindo grupos internacionais como o Citigroup, sendo, por isso, notícia um pouco por todo o mundo.

Na edição desta terça-feira o Financial Times, por exemplo, conta que como as negociações com a operadora não estão a avançar ao ritmo pretendido, os credores estão a olhar para o Governo como uma alternativa.

Uma opção que passou a ser estudada no seguimento das declarações do presidente do regulador do sector brasileiro (Anatel) feitas na semana passada. Juarez Quadros adiantou que o regulador está pronto para intervir na Oi se for necessário, uma situação para a qual a operadora tem de estar preparada, acrescentou. E apontou que a própria Lei Geral de Telecomunicações (LGT) prevê essa intervenção.

No entanto, reforçou que não estão previstos investimentos públicos na Oi: "A posição é que não se conte neste processo com nenhum recurso público".

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