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Oi vai analisar proposta que inclui OPA até 1,25 mil milhões de dólares

A operadora recebeu na sexta-feira uma proposta alternativa de recuperação judicial de um grupo de credores representados pela Moelis e por um potencial investidor. Plano prevê OPA de até 1,25 mil milhões de dólares.

Reuters
19 de Dezembro de 2016 às 12:45
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A Oi, que tem a Pharol como maior accionista, confirmou que recebeu um plano alternativo de recuperação judicial de um grupo de credores. Em comunicado enviado ao regulador brasileiro esta segunda-feira, 19 de Dezembro, a Oi refere que "oportuna e cuidadosamente" vai analisar "as sugestões de tal grupo de credores, juntamente com as demais sugestões que surgirem ao longo de encontros com outros credores da companhia".

Em causa está a proposta entregue no final da tarde do dia 16 de Dezembro por "um grupo formado por representantes de credores da companhia [Moelis & Company e FTI Consulting] e um potencial investidor, Orascom TMT Investment, sociedade sediada no Luxemburgo", detalha a empresa.

O comunicado da Oi confirma assim as notícias divulgadas no fim-de-semana sobre a intenção de representantes do milionário egípcio Naguib Sawiris e do grupo de credores representados pelo banco de investimento Moelis & Company avançarem com uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) de até 1,25 mil milhões de dólares (cerca de 1,1 mil milhões de euros), montante que seria destinado a investimentos na Oi.

Aliás, depois de os principais pontos da proposta terem sido divulgados na imprensa, a Oi decidiu divulgar também o documento completo do plano alternativo apresentado na sexta-feira.

Do total do montante previsto para o aumento de capital, 250 milhões de dólares seriam investidos pela Orascom, o restante através de entidades que detêm títulos da Oi.

A proposta prevê ainda que cerca de 10 mil milhões de reais da dívida da Oi fossem reestruturados através do aumento do prazo de pagamento bem como através da redução das taxas de juros, uma medida que segundo o advogado que representa o grupo de credores, Giuliano Colombo, permitiria diminuir a dívida de 65 mil milhões para 30 mil milhões de reais, explicou ao Valor Económico.

O plano propõe o pagamento da dívida aos trabalhadores e pequenos credores já no próximo ano enquanto o pagamento aos bancos (maiores credores da Oi) teria um período de carência de cinco anos. Já as dívidas à Anatel, que somam 20,2 mil milhões de reais, seriam pagas de forma faseada também.

No comunicado enviado esta segunda-feira a Oi sublinha que "acredita que o resultado destas negociações deverá reflectir uma proposta final de Plano de Recuperação Judicial, a ser levada para aprovação em Assembleia na forma definida pela legislação, que garanta a viabilidade operacional e a sustentabilidade da companhia e que atenda credores, accionistas e demais partes interessadas, permitindo que a Oi saia mais fortalecida ao final deste processo".

Por esse motivo, "a companhia não se manifestará nesse momento sobre quaisquer dos pontos contidos no documento ora divulgado".

Além disso, "a divulgação de tal documento não significa que a companhia e suas subsidiárias concordem ou apoiem qualquer dos seus termos ou se comprometam a reflectir os seus termos, seja total ou parcialmente, em futuras revisões da proposta de Plano de Recuperação Judicial. Igualmente, a divulgação de tal documento não deve ser considerada como uma proposta da companhia ou de qualquer das suas subsidiárias", conclui.

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