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Oi em negociações exclusivas com grupo BTG para venda de unidade de fibra ótica
A operadora brasileira Oi, da qual a portuguesa Pharol é acionista, está em negociações exclusivas com o grupo BTG para a venda da sua unidade de fibra ótica, a UPI InfraCo, de acordo com um comunicado divulgado ao mercado.
05 de Fevereiro de 2021 às 20:00
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Oi adiantou que "tendo em vista as condições da oferta vinculante para aquisição parcial da UPI InfraCo, apresentada conjuntamente por Globenet Cabos Submarinos S.A., BTG Pactual Economia Real Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia e outros fundos de investimento geridos ou controlados por sociedades integrantes do Grupo BTG", a empresa celebrou um acordo "com as proponentes, por um período de tempo limitado", para "negociar exclusivamente".
Este acordo, segundo a Oi, visa "garantir segurança e celeridade" às negociações em curso entre as partes e permitir que, caso sejam "satisfatoriamente finalizadas" a Oi "tenha condições de garantir às proponentes o direito de cobrir ("right to top") outras propostas recebidas no processo competitivo de alienação da UPI InfraCo", integrado no Aditamento ao Plano de Recuperação Judicial do grupo.
No dia 25 de janeiro, a Oi anunciou que "em linha com a implementação do seu Plano Estratégico de transformação das suas operações e com o aditamento ao Plano de Recuperação Judicial homologado pelo Juízo da 7.ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro em 05 de outubro de 2020 recebeu, em 22 de janeiro de 2021, propostas vinculantes de terceiros para a aquisição parcial da UPI InfraCo, todas acima do valor mínimo definido no aditamento".
Nessa altura, a empresa não revelou de quem eram as propostas nem os valores específicos.
O grupo brasileiro BTG Pactual, que integra a Globenet Cabos Submarinos, dedica-se a várias áreas de negócio, nomeadamente banca de investimento e gestão de ativos.
A Oi, cujos credores aprovaram a venda de grande parte de seus ativos, pretende permanecer exclusivamente com as operações de telefone fixo e fibra ótica para banda larga residencial, na qual já tem dois milhões de clientes.
A operadora iniciou um pedido de falência em 2016 para negociar as suas dívidas, que na altura somavam mais de 64 mil milhões de reais (cerca de 9,9 mil milhões de euros na cotação atual).
Com problemas financeiros, a Oi não participou dos últimos leilões de licenças para operar frequências de telefone móvel no Brasil, o que a deixou tecnologicamente desatualizada em relação aos seus concorrentes.