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Oi aceita oferta de 2,6 mil milhões de euros para vender unidade móvel a concorrentes

A Telefônica Brasil, TIM e Claro partem na frente para ficar com a unidade de telecomunicações móveis da Oi, mas o negócio ainda não está fechado.

D.R.
08 de Setembro de 2020 às 08:44
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A Oi, operadora de telecomunicações que está em processo de recuperação judicial e é detida em 5% pela Pharol, fechou as negociações com as três concorrentes no mercado brasileiro para vender a sua unidade móvel.

 

A Telefônica Brasil (Vivo), TIM e Claro apresentaram uma proposta conjunta de 16,5 mil milhões de reais (2,6 mil milhões de euros), que foi agora aceite e que servirá de ponto de partida para a venda da unidade móvel da Oi.

 

Este trio foi classificado de "stalking horse", pelo que partem na frente no leilão de venda destes ativos, tendo sendo a última palavra no processo e a possibilidade de superar ofertas concorrentes.

 

Segundo um comunicado emitido pela Oi, a Telefônica Brasil, TIM e Claro terão o direito de "a seu exclusivo critério, cobrir a oferta de maior valor que seja eventualmente apresentada no referido processo competitivo, desde que a nova oferta seja no mínimo 1% superior" ao valor das eventuais ofertas concorrentes que possam surgir.

 

É este acordo com as três operadoras concorrentes no mercado brasileiro que a Oi vai levar à Assembleia Geral de Credores que decorre esta terça-feira, 8 de setembro, e que visa aprovar o aditamento ao Plano de Recuperação Judicial.

 

Só depois da "luz verde" dos credores e da justiça brasileira é que a Oi pode avançar com o leilão para a venda da unidade móvel. A concretizar-se, o negócio significa que a quarta maior operadora móvel do país, a Oi, é absorvida pelas três maiores no Brasil. Atualmente, a Vivo lidera, com uma quota de mercado de 33%, seguida da Claro/Nextel, com 26% e pela TIM, que detém 23,2%. No caso da Oi, o peso é de 16,3%.

 

"A Oi reitera seu compromisso com a execução de seu Plano Estratégico e o foco na sua transformação em maior provedora de infraestrutura de telecomunicações do país, a partir da massificação da fibra ótica e internet de alta velocidade, do provimento de soluções para empresas e de infraestrutura para viabilizar a evolução para o 5G, voltada para negócios de maior valor agregado e com tendência de crescimento e visão de futuro", refere o comunicado emitido pela Oi.

 

Além da unidade móvel, a Oi pretende também alienar outros ativos, como a rede de fibra ótica.  

 

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