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Oi inicia consulta de mercado para venda do negócio de TV por assinatura

A operadora brasileira de telecomunicações detida em 5% pela Pharol anunciou ter iniciado o processo de consulta de mercado para a venda da unidade TVCo.

01 de Setembro de 2020 às 01:08
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A Oi anunciou esta noite que, em linha com a implementação do seu plano estratégico de transformação, iniciou o processo de consulta de mercado ("marketing sounding") para prospecção de investidores interessados na aquisição do seu negócio de TV por assinatura, contemplando "toda a infraestrutura para a prestação de serviço pela tecnologia DTH, mediante a transferência dos ativos e passivos (incluídos os compromissos de pagamento de contratos adjacentes aos serviços de DTH e IPTV, tais como capacidade satelital)".

 

A operadora brasileira contratou o banco BTG Pactual como seu assessor financeiro para a condução deste processo de "marketing sounding", que tem o intuito de atingir o maior número de interessados possível.

 

O início do processo de "marketing sounding" alinha-se à proposta de aditamento ao Plano de Recuperação Judicial (aditamento ao PRJ) protocolada pela Oi perante a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro a 13 de agosto de 2020, que prevê a alienação de uma UPI [unidade de negócio] que conterá a sua operação de TV por assinatura (UPI TVCo) em processo competitivo, refere a empresa.

 

Este será "realizado oportunamente, mediante a entrega de envelopes fechados pelos interessados, após aprovação do aditamento ao PRJ em Assembleia Geral de Credores e sua posterior homologação pelo Juízo do Rio de Janeiro.

 

"A alienação da UPI TVCo garantirá ao grupo Oi a execução da sua estratégia de desinvestimento no negócio de TV por assinatura com base na tecnologia DTH, ao mesmo tempo em que possibilitará a manutenção de uma participação importante na geração de receitas de conteúdo a partir da prestação de serviços de TV por assinatura via protocolo IP (IPTV), com base em plataformas e equipamentos com tecnologia IPTV que permanecerão de propriedade da companhia", acrescenta.

 

A Oi diz ainda que "reitera o seu compromisso com a execução do seu plano estratégico e o foco na sua transformação em maior provedora de infraestrutura de telecomunicações do país, a partir da massificação da fibra ótica e internet de alta velocidade, do provimento de soluções para empresas e de infraestrutura para viabilizar a evolução para o 5G no país, voltada para negócios de maior valor agregado e com tendência de crescimento e visão de futuro".

 

A Oi registou prejuízos de 3,28 mil milhões de reais (513 milhões de euros) no segundo trimestre deste ano, um valor que superou em 121% o registado no mesmo período do ano passado (1,48 mil milhões de reais).

De acordo com o comunicado de apresentação de resultados, as receitas da operadora desceram 11% para 4,49 mil milhões de reais (702 milhões de euros) e o EBITDA recorrente cedeu 7,8% para 1,46 mil milhões de reais.

A Oi justificou a descida das receitas com os "efeitos da pandemia de Covid-19 e as políticas de confinamento adotadas no Brasil", mas também com "a estratégia da Oi de desinvestimento nos serviços legados (cobre e DTH) nos segmentos Residencial e B2B, sendo parcialmente compensada pela expansão dos serviços com perfil de crescimento de receita – Fibra, TI e pós pago".

 

Recorde-se que a empresa está a vender a sua unidade móvel, sendo que a TIM Brasil, a Telefônica Brasil (Vivo) e a Claro apresentaram uma proposta conjunta de 16,5 mil milhões de reais (2,7 mil milhões de euros).

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