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Moody’s ameaça cortar "rating" da Altice devido à compra da PT Portugal
A agência de notação financeira mostra preocupação com o aumento da alavancagem da Altice, já que a oferta sobre a PT Portugal é totalmente financiada por dívida. O "rating", que já está no quarto nível de "lixo", pode ser revisto em baixa.
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A agência de notação financeira Moody’s colocou o "rating" da Altice em revisão para possível descida, devido ao acordo que a companhia francesa assinou com a Oi para a compra da PT Portugal.
O "rating" das diversas companhias da Altice está já em "B1" (quarto nível abaixo do grau de investimento) e pode vir a descer mais um nível, caso a operação se concretize.
A Moody’s assinala que a oferta pela PT Portugal, no valor de 7,4 mil milhões de euros, é totalmente financiada por nova dívida, sendo que esta ameaça de corte de "rating" "reflecte o impacto negativo que terá na alavancagem da Altice".
A agência de notação financeira adverte que a dívida consolidada da Altice pode subir para 5,5 vezes o EBITDA e a companhia francesa está a realizar uma série de aquisições, o que constitui "riscos consideráveis" devido ao reduzido centro de gestão que apresenta.
A Moody’s salienta que a pressão no "rating" da Altice irá descer caso a Altice consiga manter o rácio dívida/EBITDA abaixo de 4,5 vezes de uma forma consolidada, em conjunto com níveis "visíveis" de geração de "cash flow".
A Altice já assinou um acordo definitivo para a compra da PT Portugal, mas para a operação se concretizar os accionistas da PT SGPS terão que dar "luz verde" à operação, numa assembleia geral ainda por convocar.
A Moody’s deixou em Junho de atribuir "rating" à PT, devido à fusão com a Oi. Antes estava em Baa3, ou seja, um nível acima de lixo. À brasileira Oi a Moody’s atribui actualmente um "rating" de Ba1.