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Lucros dos CTT caem 19% pressionados pelo investimento no banco

Os CTT fecharam o primeiro semestre com lucros de 31,7 milhões de euros, uma queda de 19% face ao período homólogo. O Banco CTT impactou o resultado em 10,2 milhões de euros.

04 de Agosto de 2016 às 17:19
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No primeiro semestre do ano os CTT registaram um resultado líquido de 31,7 milhões de euros, um resultado que representa uma queda de 19,1% face ao mesmo período de 2015.

De acordo com o comunicado emitido à CMVM esta quinta-feira, 5 de Agosto, os resultados foram pressionados pelo projecto bancário, que teve um impacto de -10,2 milhões de euros. Excluindo este efeito os lucros atingiram 41,8 milhões de euros, mais 0,2% face ao primeiro semestre de 2015.

O Banco CTT abriu portas ao público em Março deste ano. Deste essa data, foram abertas mais de 20 mil contas de cerca de 25 mil clientes, tendo sido capturados mais de 50 milhões de euros em recursos, detalha a empresa liderada por Francisco Lacerda. O capital social em Junho era de 60 milhões de euros.

No campo operacional, o EBITDA (resultados antes de impostos, amortizações e depreciações) alcançou um total de 62,5 milhões de euros, uma queda de 17,3%. A margem EBITDA passou de 20,6% para 17,9%.

Já os custos operacionais atingiram os 286,9 milhões de euros, uma queda de 1,6%, apesar dos gastos recorrentes de 8,2 milhões de euros com o Banco CTT.


Os CTT adiantam ainda que as contas do primeiro semestre incluem os 5 milhões de euros que a Altice pagou aos CTT no âmbito do memorando celebrado em Junho de 2015 para a criação de eventuais sinergias.

E que a alienação da Tourline, empresa que pertencia ao universo CTT Expresso e passou para os CTT SA, "não teve impacto ao nível do perímetro de consolidação".

Por áreas de negócio, o segmento de Correio , continua a representar a maior fatia do volume total dos rendimentos operacionais tendo alcançado 272 milhões de euros , isto apesar d éter registado um decréscimo de 2,4% face aos primeiros seis meses de 2015.

As vendas caíram 1,5 milhões de euros, especialmente nos produtos de filatelia. As prestações de serviços deste segmento também encolheram 2,7%, uma performance impulsionada pelo decréscimo do correio endereçado em 4 milhões de euros afectado pela queda de 2,3% no tráfego. Isto apesar dos preços do serviço universal terem aumentado 1,9% no primeiro semestre.

O segmento Expresso & Encomendas registou receitas totais de 59,9 milhões de euros, o que traduz uma queda de 6,2%, justificado pelos CTT pela redução na prestação de serviços verificada em Espanha de 2,9 milhões de euros e em Portugal de 1,6 milhões de euros (-4,5%), com uma quebra do tráfego de 8,9% e de 1,8%, respectivamente.

A empresa destaca ainda que esta área teve o impacto "positivo associado ao reconhecimento dos rendimentos resultantes do memorando de entendimento celebrado com a Altice de mais 1,5 milhões de euros face ao período homólogo".

Na esfera dos serviços financeiros, o grupo teve rendimentos de 32,2 milhões de euros, uma diminuição de 23,2% com as prestações de serviços a decrescerem 28,4% devido ao efeito extraordinário de colocação de Títulos da Dívida Pública em Janeiro de 2015 (56% do total colocado em 2015), e à quebra resultante do carregamento de telemóveis pela crescente oferta 4Play pelos operadores de telecomunicações.


(Notícia actualizada às 17:47 com mais informações)

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