Notícia
Lucros dos CTT recuam 5,2% em 2022 para 36,4 milhões de euros
Receitas consolidadas da empresa aumentaram 6,9% face ao ano anterior para os 906,6 milhões de euros, tendo todas as áreas de negócio registado um crescimento em 2022. Contudo, também os gastos operacionais aceleraram.
Os CTT fecharam o ano de 2022 com lucros de 36,4 milhões de euros, o que representa um recuo de 5,2% face aos valores registados no ano anterior (38,4 milhões).
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa divulgou também que as receitas consolidadas cresceram 6,9% face ao ano anterior para os 906,6 milhões de euros, tendo todas as áreas de negócio crescido.
O segmento Correio e outros cresceu 3,7%, o Expresso e Encomendas cresceu 1,3% face ao ano anterior para 259 milhões e o dos Serviços Financeiros e Retalho avançou 24,2% para 60,7 milhões, "beneficiando do crescimento da subscrição dos títulos de dívida pública, em especial dos certificados de aforro, pelo facto de a sua atratividade ter vindo a aumentar desde o início do ano, fruto de uma nova conjuntura de taxas de juro que posiciona melhor a dívida pública enquanto alternativa de investimento".
Também o Banco CTT cresceu no ano que agora terminou, com as receitas a subirem 27,4% para os 126 milhões. "A evolução favorável da atividade do Banco CTT esteve ancorada no crescimento da sua carteira de crédito", justificam os CTT, salientando que este desempenho "foi suportado principalmente pelo crescimento da carteira de crédito auto [para o setor automóvel]".
Apesar do crescimento das receitas, também os gastos operacionais subiram, fixando-se nos 850,5 milhões, mais 64,5 milhões do que no anterior. "Os itens específicos ascenderam a uma perda líquida de 8,4 milhões, o que compara com um ganho líquido de 1,8 milhões no ano anterior", detalha a empresa. Esta categoria divide-se entre custos de reestruturação do centro corporativo de cinco milhões, que "incluem sobretudo acordos de suspensão de contratos de trabalho, custos associados a projetos estratégicos no montante de 4,3 milhões e ganho líquido não recorrente de 0,9 milhões".
O EBIT recorrente - resultados antes de juros e impostos - situou-se nos 64,5 milhões de euros em 2022, o que representa um crescimento de 4,4% face ao ano anterior. Já o cash flow operacional da empresa aumentou 37,8 milhões para 99,6 milhões face a 2021.
Tráfego continua a cair
O tráfego do correio apresentou uma queda de 5,8% face a 2021, devido fundamentalmente às reduções verificadas no correio normal, fruto principalmente da tendência de transformação digital. Em 2021, a queda foi de 6,3% face ao ano anterior.
Menos trabalhadores em 2022
No final de 2022, os CTT tinham menos 102 trabalhadores do que no mesmo período do ano anterior, com o valor a fixar-se nos 12.506.
"Verificou-se um decréscimo de trabalhadores/as na área de negócio de Correio e Outros (-254), onde se têm desenvolvido projetos que visam o aumento da produtividade das operações, através da adaptação da rede ao novo perfil de tráfego reduzindo a necessidade de contratação suplementar", pode ler-se na nota enviada à CMVM.
Empresa quer EBIT a crescer 10% este ano
Para 2023, os objetivos dos CTT passam por um "decréscimo em torno dos 5% do tráfego de correio", um "crescimento robusto nos serviços financeiros" e um aumento de "pelo menos 10% do EBIT recorrente". Salientam, contudo, os riscos associados à elevada incerteza geopolítica e à inflação.
Notícia atualizada às 18h44
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa divulgou também que as receitas consolidadas cresceram 6,9% face ao ano anterior para os 906,6 milhões de euros, tendo todas as áreas de negócio crescido.
Também o Banco CTT cresceu no ano que agora terminou, com as receitas a subirem 27,4% para os 126 milhões. "A evolução favorável da atividade do Banco CTT esteve ancorada no crescimento da sua carteira de crédito", justificam os CTT, salientando que este desempenho "foi suportado principalmente pelo crescimento da carteira de crédito auto [para o setor automóvel]".
Apesar do crescimento das receitas, também os gastos operacionais subiram, fixando-se nos 850,5 milhões, mais 64,5 milhões do que no anterior. "Os itens específicos ascenderam a uma perda líquida de 8,4 milhões, o que compara com um ganho líquido de 1,8 milhões no ano anterior", detalha a empresa. Esta categoria divide-se entre custos de reestruturação do centro corporativo de cinco milhões, que "incluem sobretudo acordos de suspensão de contratos de trabalho, custos associados a projetos estratégicos no montante de 4,3 milhões e ganho líquido não recorrente de 0,9 milhões".
O EBIT recorrente - resultados antes de juros e impostos - situou-se nos 64,5 milhões de euros em 2022, o que representa um crescimento de 4,4% face ao ano anterior. Já o cash flow operacional da empresa aumentou 37,8 milhões para 99,6 milhões face a 2021.
Tráfego continua a cair
O tráfego do correio apresentou uma queda de 5,8% face a 2021, devido fundamentalmente às reduções verificadas no correio normal, fruto principalmente da tendência de transformação digital. Em 2021, a queda foi de 6,3% face ao ano anterior.
Menos trabalhadores em 2022
No final de 2022, os CTT tinham menos 102 trabalhadores do que no mesmo período do ano anterior, com o valor a fixar-se nos 12.506.
"Verificou-se um decréscimo de trabalhadores/as na área de negócio de Correio e Outros (-254), onde se têm desenvolvido projetos que visam o aumento da produtividade das operações, através da adaptação da rede ao novo perfil de tráfego reduzindo a necessidade de contratação suplementar", pode ler-se na nota enviada à CMVM.
Empresa quer EBIT a crescer 10% este ano
Para 2023, os objetivos dos CTT passam por um "decréscimo em torno dos 5% do tráfego de correio", um "crescimento robusto nos serviços financeiros" e um aumento de "pelo menos 10% do EBIT recorrente". Salientam, contudo, os riscos associados à elevada incerteza geopolítica e à inflação.
Notícia atualizada às 18h44