A indústria de cabo continua a crescer na Europa, ainda que o momento económico seja desafiante. Os países do Sul estão piores do que os do Norte da Europa, reconheceu esta terça-feira, 5 de Março, o presidente da associação  de operadores de cabo reunidos na Cable Europe, que organiza até quinta-feira o Congresso do Cabo em Londres.

Manuel Kohnstamm, presidente da Cable Europe, salientou o impacto que a crise está a ter, no entanto referiu-se à indústria como resiliente e mesmo em ciclos económicos baixos tem muita procura. É uma indústria que alia entretenimento e necessidade. E, como lembrou, a indústria do entretenimento teve um pico de crescimento nos anos 30, na Grande Depressão.

Em 2012, a indústria do cabo cresceu 5,5% em receitas, na Europa, até atingir os 20,6 mil milhões de euros, mais mil milhões que em 2011.

E isto acontece, salientam os operadores de cabo no seu Congresso, com a concorrência a apertar com os operadores de internet (designados de 'over the top'). Só que como Mike Fries, presidente da Liberty Global, salientou, os clientes conhecem os operadores de cabo, têm com eles uma relação, o que não acontece com os Google ou Yahoo.

O crescimento desta indústria na Europa está ligada à digitalização das redes que permitem mais conteúdos e funcionalidades.

se há 10 anos, a televisão para este operadores contribua com 67% das receitas, em 2012 já pesou 55% com a Internet a evoluir para 27%. Os operadores de cabo estão a tornar-se operadores de telecomunicações, assume-se, lembrando que o móvel vai ser também importante para o cabo com a evolução para ofertas convergentes.

*Em Londres,a convite da Zon