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Eurico Teles deixa presidência da Oi no fim de janeiro
A operadora brasileira informou que o seu CEO vai deixar o cargo no dia 30 de janeiro de 2020.
A Oi informou esta noite que o seu presidente executivo, Eurico de Jesus Teles Neto, anunciou esta terça-feira que deixará o cargo a 30 de janeiro de 2020.
Esta saída, refere a Oi em comunicado, acontece "conforme Termo de Ajustamento e Modelo de Transição de Diretoria Executiva homologado pelo Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro".
A operadora brasileira, em recuperação judicial, refere que, neste âmbito, o conselho de administração da empresa "deverá indicar o nome do substituto para o cargo, a ser prévia e formalmente informado ao Juízo da Recuperação Judicial e ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, no âmbito de incidente que corre em segredo de justiça".
Eurico Teles foi nomeado a 24 de novembro de 2017 como presidente executivo interino, após a renúncia ao cargo de Marco Schroeder. Ainda no mesmo dia, o "board" da empresa decidiu passá-lo definitivamente a presidente.
Este anúncio de Eurico Teles teve lugar no mesmo dia em que a Polícia Federal realizou operações de busca na sede da Oi para apurar alegados pagamentos do grupo Oi/Telemar à Gamecorp, ligada a Fábio Luís, filho do ex-presidente Lula.
A propósito desta operação da Polícia Federal, o CEO da Oi, referiu, em conferência de imprensa esta terça-feira, que a empresa "é só pepino". "Nós herdámos uma companhia difícil", declarou, citado pela Valor.
Segundo a Folha de São Paulo, tanto Eurico Teles como o seu potencial sucessor, Rodrigo Modesto de Abreu (atualmente diretor de operações), negaram que a empresa tenha sido beneficiada pelo governo de Lula em troca de negócios com o seu filho.
"Qual foi o benefício que teve esta companhia por alguém? Eu desconheço. Estou aqui há 38 anos e vou dizer o seguinte: esta companhia é só pepino", declarou o presidente executivo.
A Folha sublinha que a exoneração de Eurico Teles segue o curso fixado no referido "termo de transição" de junho deste ano. "Segundo a empresa, a própria data do anúncio estava pré-estabelecida", refere o jornal brasileiro.
No próximo dia 4 de fevereiro de 2020, recorde-se, completam-se dois anos sobre a homologação do plano de recuperação judicial. E, como tal, cessaria o prazo nessa data. Mas a Oi pediu mais tempo.
Segundo comunicado da empresa de telecomunicações, divulgado na segunda-feira, 9 de dezembro, foi pedido ao juiz o não encerramento do processo de recuperação judicial.
(notícia atualizada pela última vez à 01:05 de 11 de dezembro)