Notícia
Dexter Goei: “Não somos frenéticos, nem bulímicos”
A Altice, dona da Meo, quer reforçar a aposta em inovação com o lançamento do Altice Lab, um projecto que teve como "fonte de inspiração" a PT Inovação. Quanto ao apetite por novas aquisições, Dexter Goei garante que “não somos bulímicos”.
A Altice tem investido uma média de 4 mil milhões de euros por ano no sector de telecomunicações. Uma aposta que o grupo francês quer manter nos próximos anos e até reforçar, disse Michel Combes, COO do grupo, durante uma conferência de imprensa que decorreu em Paris, França, esta segunda-feira, 9 de Novembro.
A inovação é uma das principais prioridades do grupo, explicou o responsável pelas operações da Altice: "Faz parte do nosso ADN".
Para reforçar esta aposta, e facilitar a integração de sinergias e industrialização dos activos da Altice espalhados por 15 territórios, entre os quais a PT Portugal, o grupo decidiu lançar o projecto Altice Labs.
Como explicou à Lusa Paulo Neves no final da conferência, "o centro da inovação para todo o grupo Altice vai ser em Portugal".
A PT Inovação, com sede em Aveiro, "será o pivot de inovação dentro do grupo Altice", tendo mesmo "sido a fonte de inspiração para a criação da Altice Labs", como explicou fonte oficial da dona do Meo.
"A PT Inovação será a Altice Labs Portugal, irão partilhar o mesmo DNA, a mesma vocação de inovação e de desenvolvimento de novas soluções, tecnologias e tendências na área das telecomunicações", detalha a mesma fonte.
"Nas próximas semanas vai arrancar em Portugal, mas também em Israel, França, Republica Dominicana e, no futuro, nos EUA", onde recentemente o grupo comprou a Cablevision.
Esta nova área do grupo vai contar com a colaboração de cerca de 1000 engenheiros bem como de parcerias locais, como por exemplo de universidades.
O objectivo do projecto Altice Labs é "construir o futuro", sublinhou Michel Combes, que integrou os quadros da Altice há cerca de dois meses. Na prática, visa desenvolver novas soluções, tecnologias e tendências na área das telecomunicações.
O apetite da Altice
Os responsáveis da Altice aproveitaram a conferência para responder a algumas críticas que têm sido feitas ao grupo.
No que toca à "febre de aquisições da Altice", logo no início do evento Dexter Goei, presidente executivo da empresa francesa, deixou o recado: "não somos frenéticos, nem bulímicos".
Dexter Goei sublinhou ainda que a história da Altice não começou quando os media começaram a falar no grupo, "começou no século passado".
O CEO aproveitou ainda para contar uma história recente relacionada com o "apetite" do grupo. Passadas algumas horas de acordarem a compra da Suddenlink, operadora norte-americana, alguém questionou qual a razão para não avançar para a Time Warner Cable, que acabaria por ser adquirida pela Charter, empresa de John Malone. "Patrick Drahi repondeu: eu tenho 52 anos, o John Malone 74. Temos tempo, vamos ter calma", confidenciou Dexter Goei, acrescentando que o futuro da Altice enquanto grande "player" internacional será feito "passo a passo".
Já Michel Combes aproveitou para explicar que a o rácio de endividamento da Altice é de "4.4 vezes o EBITDA", "razoável para o sector de telecomunicações".
(Notícia actualizada às 14:30 com declaração da PT Portugal e corrigida com o número total de engenheiros)
A inovação é uma das principais prioridades do grupo, explicou o responsável pelas operações da Altice: "Faz parte do nosso ADN".
Como explicou à Lusa Paulo Neves no final da conferência, "o centro da inovação para todo o grupo Altice vai ser em Portugal".
A PT Inovação, com sede em Aveiro, "será o pivot de inovação dentro do grupo Altice", tendo mesmo "sido a fonte de inspiração para a criação da Altice Labs", como explicou fonte oficial da dona do Meo.
"A PT Inovação será a Altice Labs Portugal, irão partilhar o mesmo DNA, a mesma vocação de inovação e de desenvolvimento de novas soluções, tecnologias e tendências na área das telecomunicações", detalha a mesma fonte.
"Nas próximas semanas vai arrancar em Portugal, mas também em Israel, França, Republica Dominicana e, no futuro, nos EUA", onde recentemente o grupo comprou a Cablevision.
Esta nova área do grupo vai contar com a colaboração de cerca de 1000 engenheiros bem como de parcerias locais, como por exemplo de universidades.
O objectivo do projecto Altice Labs é "construir o futuro", sublinhou Michel Combes, que integrou os quadros da Altice há cerca de dois meses. Na prática, visa desenvolver novas soluções, tecnologias e tendências na área das telecomunicações.
O apetite da Altice
Os responsáveis da Altice aproveitaram a conferência para responder a algumas críticas que têm sido feitas ao grupo.
No que toca à "febre de aquisições da Altice", logo no início do evento Dexter Goei, presidente executivo da empresa francesa, deixou o recado: "não somos frenéticos, nem bulímicos".
Dexter Goei sublinhou ainda que a história da Altice não começou quando os media começaram a falar no grupo, "começou no século passado".
O CEO aproveitou ainda para contar uma história recente relacionada com o "apetite" do grupo. Passadas algumas horas de acordarem a compra da Suddenlink, operadora norte-americana, alguém questionou qual a razão para não avançar para a Time Warner Cable, que acabaria por ser adquirida pela Charter, empresa de John Malone. "Patrick Drahi repondeu: eu tenho 52 anos, o John Malone 74. Temos tempo, vamos ter calma", confidenciou Dexter Goei, acrescentando que o futuro da Altice enquanto grande "player" internacional será feito "passo a passo".
Já Michel Combes aproveitou para explicar que a o rácio de endividamento da Altice é de "4.4 vezes o EBITDA", "razoável para o sector de telecomunicações".
(Notícia actualizada às 14:30 com declaração da PT Portugal e corrigida com o número total de engenheiros)