Até a Altice não anunciar oficialmente a venda da Cabovisão ou da Oni, a Nos não fará qualquer comentário oficial sobre o seu interesse. Mas se "esses activos forem alienados, "estaremos atentos. Estamos sempre atentos a todos os desenvolvimentos do mercado", disse Miguel Almeida, presidente executivo da Nos, durante a conferência de apresentação dos resultados anuais esta quinta-feira, 26 de Fevereiro, em Lisboa.

"Nesta fase não temos opinião", contínua, "sem saber condições, como o preço, não podemos fazer uma análise".

A alienação da Cabovisão e da Oni poderá ser um dos remédios impostos à Altice pelos reguladores da concorrência no seguimento da compra da PT Portugal.

Questionado sobre o impacto dos recentes acontecimentos na PT Portugal e dos novos donos (a Altice), Miguel Almeida recusa-se a fazer comentários sobre as estruturas accionistas: "O concorrente PT Portugal é relevante, o accionista não".

O presidente executivo da Nos frisa ainda que "não podemos confundir a turbulência que aconteceu na PT SGPS com a PT Portugal".

Quando questionado sobre se o aumento do número de clientes (+5,5% em 2014) estaria relacionado com a situação frágil da PT Portugal ou se era mérito da Nos, o CEO comentou que "a PT Portugal continuou o seu caminho. Por isso, só posso concluir que o mérito foi nosso".

A Nos aumentou os lucros em 17,8% para 74,7 milhões de euros.