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Anacom: "Operadoras não podem expulsar regulador do seu papel"
O presidente da Anacom, João Cadete de Matos, relembrou esta quinta feira a importância de ser criado um sistema de roaming nacional, para casos de urgência.
O presidente da Anacom, João Cadete de Matos, arrancou a sua intervenção no Congresso das Comunicações com vários recados para os operadores de telecomunicações. De forma bem disposta, foi deixando vários alertas aos líderes das empresas que regula.
Começou por lamentar não "ter uma cadeira no debate", como aconteceu, pela primeira vez, no ano passado, porque os "operadores preferem debater entre eles". Mas "o que não pode haver é a intenção de expulsar o regulador do seu papel", apontou. "Não podemos aceitar é que digam que o regulador não debate com os regulados os temas", acrescentou.
Relembrando os comentários das responsáveis pela regulação dos operadores sobre o facto de a Anacom ter "trabalhado muito", proferidos durante o debate que decorreu esta manhã, Cadete de Matos disse, em tom de brincadeira, que não quer "que ninguém tenha um burnout".
O presidente da Anacom voltou a trazer para cima da mesa uma das ideias que tinha manifestado no ano passado, na sua primeira intervenção enquanto líder do regulador. Trata-se do roaming nacional que, na prática, permite que clientes de diferentes operadoras usem qualquer rede em casos de urgência.
E para demonstrar a importância do tema apresentou um vídeo com uma notícia transmitida pela TVI na altura dos grandes incêndios no ano passado, em que um responsável da câmara municipal de Monchique relatava os problemas de comunicações que tinham tido. "Não faz sentido. Qualquer dia temos que andar com três telemóveis. É um absurdo", atirou, acrescentando que estão a trabalhar no assunto e em breve vão apresentar um estudo.