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CTT: Novos critérios para serviço universal são “descontextualizados” e “não são razoáveis”

A directora de regulação e concorrência dos CTT, Antónia Rato, considera que “a bateria de indicadores” propostos pela Anacom para o serviço universal postal “são difíceis de compreender”.

Desde Agosto de 2014 que existem apostas na queda das acções dos CTT. Contudo, foi em Outubro do ano passado que os 'hedge-funds' começaram a intensificar este tipo de estratégias com os títulos da dona dos correios, o que coincidiu com a apresentação dos resultados do terceiro trimestre e o corte do dividendo. Desde então, as posições a descoberto têm vindo a aumentar e chegaram, no início deste mês, a atingir um valor recorde de 10,5% do capital da empresa liderada por Francisco Lacerda. De acordo com as últimas comunicações feitas à CMVM, os CTT têm actualmente 9,78% do seu capital em posições curtas.
27 de Setembro de 2018 às 12:20
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Os novos critérios de qualidade do serviço universal postal propostos pela Anacom são vistos pelos CTT como "descontextualizados" e "não razoáveis". Durante a sua intervenção no congresso da APDC, Antónia Rato, directora de regulação dos CTT, aproveitou para lembrar que o novo modelo vai "romper com o que existia há 18 anos" e vai ter um "impacto no modelo de concessão e ao nível financeiro".

 

Mas as críticas não ficaram por aqui. A responsável sublinhou ainda que "é um modelo que está em contra-ciclo quer com tendências europeias, quer com a evolução do sector. O modelo que existia, com 12 critérios de qualidade já era o dobro da média europeia. E agora passa a ser o triplo".

 

"Os objectivos que foram definidos no nosso ponto de vista estão descontextualizados e não são razoáveis", atirou, sustentando que no actual contexto, de queda do tráfego postal e digitalização dos serviços, "esperava-se que a Anacom reflectisse na sua decisão este contexto. E não aconteceu. Definiu uma bateria de indicadores difíceis de compreender". 



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