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CTT: Novos critérios para serviço universal são “descontextualizados” e “não são razoáveis”
A directora de regulação e concorrência dos CTT, Antónia Rato, considera que “a bateria de indicadores” propostos pela Anacom para o serviço universal postal “são difíceis de compreender”.
Os novos critérios de qualidade do serviço universal postal propostos pela Anacom são vistos pelos CTT como "descontextualizados" e "não razoáveis". Durante a sua intervenção no congresso da APDC, Antónia Rato, directora de regulação dos CTT, aproveitou para lembrar que o novo modelo vai "romper com o que existia há 18 anos" e vai ter um "impacto no modelo de concessão e ao nível financeiro".
Mas as críticas não ficaram por aqui. A responsável sublinhou ainda que "é um modelo que está em contra-ciclo quer com tendências europeias, quer com a evolução do sector. O modelo que existia, com 12 critérios de qualidade já era o dobro da média europeia. E agora passa a ser o triplo".
"Os objectivos que foram definidos no nosso ponto de vista estão descontextualizados e não são razoáveis", atirou, sustentando que no actual contexto, de queda do tráfego postal e digitalização dos serviços, "esperava-se que a Anacom reflectisse na sua decisão este contexto. E não aconteceu. Definiu uma bateria de indicadores difíceis de compreender".