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5G: Processo de migração da TDT "decorreu com enorme sucesso"

O processo de migração da TDT, que emite na faixa dos 700 MHz necessária para o 5G, terminou esta sexta-feira com a alteração do emissor do Pico Arco da Calheta, na Madeira.

A entidade liderada por Cadete de Matos garante que as operadoras cumpriram as recomendações de 2018.
Paulo Calado
18 de Dezembro de 2020 às 17:12
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O processo de migração da televisão digital terrestre (TDT), essencial para o desenvolvimento do 5G, "decorreu com enorme sucesso", terminou hoje e "decorreu com enorme sucesso", divulgou hoje a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

A migração dos emissores que constituem a rede de TDT, que emitem na faixa dos 700 MHz, terminou hoje, com a alteração do emissor do Pico Arco da Calheta, na Madeira.

"No total, mudaram de frequência 243 emissores, num processo que decorreu com enorme sucesso e que exigiu uma enorme mobilização de recursos da Anacom", refere o regulador, em comunicado sobre o balanço da migração.

No total "estiveram envolvidos neste processo mais de 100 colaboradores da Anacom, cerca de um quarto do seu efetivo total", referiu o regulador das comunicações eletrónicas.

"Assim, a partir de hoje, a faixa dos 700 MHz está totalmente liberta em todo o país, permitindo-se a sua utilização para implementação do 5G, logo que se conclua o processo que visa a atribuição dos respetivos direitos de utilização de frequências", salienta.

De acordo com o calendário, está prevista a atribuição de licenças durante o primeiro trimestre do próximo ano.

"Com a adoção do 5G, todos os cidadãos e empresas poderão beneficiar de internet de alta velocidade, mesmo os que estão em zonas de baixa densidade populacional, incluindo nas regiões autónomas, uma vez que as regras do leilão para atribuição das frequências determinam uma cobertura de 95% do território nacional em 2025, e de 90% da população das freguesias de baixa densidade e das freguesas das regiões autónomas", acrescenta.

O processo de migração da TDT, que começou a 07 de fevereiro e foi interrompido entre março e agosto devido à pandemia, "além de permitir a evolução para a quinta geração móvel, levou igualmente a uma melhoria das condições de receção do sinal de TDT por via terrestre, estimando-se um aumento da cobertura de rede de TDT, de cerca de 2% da população (de 92,5% para 94,5%)".

A Anacom adianta que "a ressintonia dos recetores, que este processo implicou, levou ainda a que muitas pessoas que apenas viam os quatro canais em sinal aberto (RTP1, RTP2, SIC e TVI), tivessem passado a ver os sete canais disponíveis nesta plataforma (além dos já referidos, acrescem a RTP3, RTP Memória e Canal Parlamento) e que não viam por desconhecimento e/ou por não saberem fazer a sintonia dos recetores".

Até ao início do dia de hoje, a Anacom "já prestou apoio domiciliário em 4.830 situações".

O regulador salienta que "o sinal de TDT chega a 100% da população, sendo que com esta alteração 94,5% da população poderá receber o sinal por via terrestre e os remanescentes 5,5% poderão aceder ao serviço através de meio complementar (satélite)".

A Anacom relembra que "continuam a existir até ao final de 2023 apoios à compra de equipamento de receção do sinal por satélite, encontrando-se toda a informação para esse efeito, disponível em http://tdt.telecom.pt/suporte".
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