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Vodafone não descarta avaliar novas oportunidades de fusão em Espanha

O CEO Global da Vodafone não exclui avaliar eventuais oportunidades de consolidação no mercado espanhol. Porém, sublinhou que na empresa o “plano de crescimento orgânico” já se reflectiu nos últimos resultados.

17 de Novembro de 2020 às 12:35
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Depois dos rumores sobre a eventual fusão da Vodafone Espanha com a MásMóvil, que em Portugal é dona da Nowo, a operadora britânica não exclui "avaliar potenciais oportunidades" de consolidação "que possam surgir" no mercado espanhol, segundo  Nick Read, presidente executivo global da Vodafone. Porém, numa conferência telefónica com analistas, fez questão de sublinhar que a operadora tem um "plano orgânico" de crescimento, o qual já "se refletiu" nos resultados  de julho a setembro.

Para os analistas do BPI, estas declarações "baixam as expectativas" de uma eventual fusão entre a Vodafone Espanha e outra operadora em Espanha. Aliás, segundo a mesma nota dos analistas do BPI a que o Negócios teve acesso, "depois de não ter feito nenhuma contraproposta pela MásMóvil há alguns meses, seria uma grande surpresa para nós ver a Vodafone movimentar-se neste sentido". 

Os analistas sublinham, no entanto, que apesar de não preverem que a Vodafone dê passos nesta direção, "sendo o mercado de telecomunicações espanhol um dos mais competitivos da Europa", não "descartam movimentos de consolidação [no setor] a médio prazo".

No que toca à eventual fusão com a MásMóvil que chegou a ser falada em setembro, a nota do BPI relembra que a operadora espanhola em Portugal detém a Nowo, potencial concorrente nos leilões do 5G. O que iria obrigar a "remédios por parte dos regulador que "já demonstrou a sua vontade de trazer uma quarto "player" para o aumentar a concorrência" no mercado português", acrescentaram os analistas, referindo-se à Anacom. 

Entretanto, os fundos de investimento KKR, Cinven e Providence concluíram com sucesso a oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre a MásMóvil em junho deste ano. A operação, avaliada em 2,9 mil milhões de euros, foi concretizada através da Lorca Telecom BidCo, sociedade controlada pelos três fundos. 

Na mesma conferência telefónica com analistas, Nick Read foi também questionado sobre o tema dos leilões do 5G em Portugal que tem gerado uma onda de criticas e processos em tribunal por parte dos operadores. Sobre este tema, o responsável  relembrou que o Grupo colocou "em pausa" o projeto de um centro de excelência para Portugal que tinha planeado. E deixou mais um aviso: "Os governos precisam de perceber que, se desejam uma comunidade de investidores saudável, é preciso haver um equilíbrio".

E apesar de admitir que, entretanto, "o regulador e o Governo melhoraram as condições", dando como exemplo o facto de o novo entrante já não ter desconto no preço da licença e ter de implementar  e investir em rede, "não foram longe o suficiente". "Continuamos a acreditar que se trata de um auxílio estatal e que viola a legislação europeia das telecomunicações", considerou o responsável, acrescentando que, por estes motivos, a Vodafone vai continuar a litigância.

Na semana passada, no dia 10 de novembro, a Vodafone Portugal avançou com uma providência cautelar com o objetivo de reverter a decisão da Anacom de manter na titularidade da Dense Air espectro na faixa dos 3.6GHz a Vodafone Portugal avançou com uma providência cautelar. Um passo seguido pela Nos dois dias depois. E ambas as operadoras prometerem que as ações judiciais não vão ficar por aqui.

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