Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Facebook vai dar prioridade a conteúdos pessoais em detrimento dos de empresas

A rede social Facebook anunciou, na quinta-feira, que vai dar prioridade aos conteúdos publicados por familiares e amigos dos utilizadores em detrimento dos que têm 'carimbo' de empresas, marcas ou meios de comunicação social.


Os gigantes tecnológicos dos EUA (Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google) foram responsáveis por uma subida do Nasdaq até 29% em 2017, até ao momento, e o retorno dos FAANG cifrou-se em mais de 50%, em termos médios. Na nossa opinião, não se trata de uma mera recorrência da bolha dot-com verificada no final da década de 1990. Ao contrário dessa experiência — durante a qual os analistas imaginaram novas formas de valorizar empresas que não passavam de ideias — as empresas que lideram actualmente o sector são reais e apresentam fluxos de caixa tangíveis. Estamos em crer que a inovação tecnológica é um tema estrutural que poderá acrescentar 1% -1,5% ao crescimento potencial do PIB mundial nos próximos 10-15 anos.
Reuters
12 de Janeiro de 2018 às 07:44
  • ...
O anúncio foi feito pelo fundador e conselheiro delegado do Facebook, Mark Zuckerberg, que indicou que as mudanças no funcionamento da plataforma estão orientadas para melhorar e tornar mais valiosas as experiências dos utilizadores da rede social.

"Recentemente, temos recebido comentários da nossa comunidade [de utilizadores] de que o conteúdo público, 'posts' de empresas, marcas e meios de comunicação, está a excluir os momentos pessoais que nos levam a conectarmo-nos mais com os outros", afirmou, numa publicação no seu perfil oficial no Facebook.

"É fácil perceber como chegámos aqui. Vídeo e outros conteúdos públicos têm explodido no Facebook nos últimos dois anos. Dado que há mais conteúdos públicos do que 'posts' dos nossos amigos e familiares, o equilíbrio do que aparece no 'feed' de notícias afastou-se da coisa mais importante que o Facebook pode fazer, ajudar a conectarmo-nos uns com os outros", escreveu Mark Zuckerberg.

O fundador do Facebook afirmou ainda que há evidências resultantes de estudos académicos a esta tendência que sinalizam que este desequilíbrio não é positivo.

"As investigações mostram que quando usamos as redes sociais para nos conectarmos com pessoas com as quais nos preocupamos isso pode ser bom para o nosso bem-estar. Podemos sentirmo-nos mais ligados e menos sozinhos, e isso tem uma correlação com os índices de felicidade e saúde a longo prazo", sustentou.

"Por outro lado, ler artigos ou ver vídeos de forma passiva, mesmo que sejam de entretenimento ou informativos, pode não ser tão bom", acrescentou.

Zuckerberg afirmou que o Facebook encetou as mudanças nesta direcção no ano passado, e adiantou que os utilizadores da rede social vão começar a ver em breve mais publicações no seu mural de familiares, amigos e conhecidos.

Segundo os mais recentes dados oficiais, correspondentes a Setembro de 2017, o Facebook contava com uma média de 1.370 milhões de utilizadores activos diariamente.
Ver comentários
Saber mais Facebook redes sociais Mark Zuckerberg
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio