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Facebook descobriu campanha para influenciar eleições de Novembro nos EUA

A rede social liderada por Mark Zuckerberg identificou uma campanha coordenada de influência política levada a cabo através de dezenas de contas falsas na sua plataforma, avançou o The New York Times.

Dado Ruvic/Reuters
31 de Julho de 2018 às 18:23
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O Facebook identificou uma campanha coordenada de influência política em curso na sua rede social, através de dezenas de contas falsas, isto quando se aproximam as eleições intercalares de Novembro nos Estados Unidos, avançou o The New York Times.

 

Segundo o jornal norte-americano, a rede social co-fundada e liderada por Mark Zuckerberg está convicta de que quem geria estas contas estava envolvido em actividade política em torno de questões sociais fracturantes que opõem democratas e republicanos nos EUA.

 

Numa série de informações transmitidas esta semana ao Congresso norte-americano, o Facebook disse aos congressistas que identificou e eliminou 32 páginas e contas ligadas a esta campanha de influências no Facebook e no Instagram, no âmbito da sua investigação a possíveis interferências visando as eleições de Novembro.

O Facebook disse que as contas – oito páginas e 17 perfis pessoais da rede social, além de sete contas do Instagram – foram criadas entre Março de 2017 e Maio de 2018 e descobertas há duas semanas. "Este número pode parece pequeno, mas a sua influência espalhou-se bem: mais de 290.000 contas tornaram-se seguidoras de pelo menos uma destas páginas suspeitas", referiu a empresa, citada pelo NYT.

 

Entre Abril de 2017 e Junho de 2018, as referidas contas fizeram correr 150 anúncios que custaram 11.000 dólares nas duas plataformas. Os anúncios foram pagos em dólares americanos e canadianos.

 

O Facebook irá adiantar mais pormenores sobre esta questão numa conferência de imprensa hoje ao final do dia. 

Segundo a CNN Money, o Facebook terá dito no Congresso que suspeita que um grupo russo esteja por detrás da criação destas contas.

Recorde-se que está em curso uma investigação nos EUA sobre uma possível ingerência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de Novembro de 2016 que deram a vitória ao republicano Donald Trump - com a democrata Hillary Clinton a sair derrotada.
 

Outro caso recente é o da Cambridge Analytica. Os diários norte-americanos The New York Times e The Observer e o britânico The Guardian avançaram em Março passado com notícias sobre a apropriação indevida - com fins políticos - de informação pessoal de 87 milhões de utilizadores da rede social Facebook por parte da consultora política britânica Cambridge Analytica.

 

A Cambridge Analytica, que trabalhou designadamente com a campanha eleitoral de Donald Trump e a da saída do Reino Unido da União Europeia, usou a informação recolhida para construir um "poderoso programa informático para prever e influenciar as escolhas dos eleitores", segundo foi denunciado.

Esta denúncia tomou grandes proporções, a ponto de as empresas se proporem a gastar mais na protecção dos dados dos seus utilizadores e de a questão da privacidade ter voltado em força às mesas dos governos. O caso levou também a que a Cambridge Analytica entrasse com um pedido de falência em Maio.

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