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WSJ: Pequim apoiou Huawei com 75 mil milhões de dólares

A Huawei fez saber através de um comunicado enviado ao WSJ que recebeu apoios "pequenos e não materiais" e que isso não é invulgar, observando que grande parte das ajudas foi concedida através de isenções fiscais destinadas ao setor tecnológico que também estam disponíveis para outras empresas.

Reuters
25 de Dezembro de 2019 às 20:05
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O Governo chinês promoveu a ascensão global da Huawei com apoios na ordem dos 75 mil milhões de dólares (68 mil milhões de euros) em isenções fiscais, financiamento direto e recursos a baixo preço, segundo a edição desta quarta-feira do The Wall Street Journal.

Este apoio de Pequim à Huawei Technologies, que começou há 25 anos, está por detrás de um conjunto de questões relativas às relações entre a China e a gigante tecnológica, numa altura em que compete pela construção de redes de telecomunicações 5G da próxima gerações em todo o mundo.

"Ainda que a Huawei tenha interesses comerciais, esses interesses são fortemente apoiados pelo Estado", afirmou ao WSJ Michael Wessel, membro de um painel do Congresso norte-americano, que se encontra a escrutinar as relações entre os Estados Unidos e a China, num momento em que a guerra comercial entre os dois países atravessa um período de alguma acalmia.

Os Estados Unidos manifestaram a sua preocupação com a hipótese de os equipamentos da Huawei virem a alimentar o Governo chinês com dados de rede dos clientes de todo o mundo, ainda que a Huawei diga que nunca entregaria a Pequim esses dados.

A maior parte do apoio, em torno de 46 mil milhões de dólares, foi concedida em empréstimos, linhas de crédito e outras ajudas dadas por entidades estatais.

A empresa poupou até cerca de 25 mil milhões de dólares em impostos entre 2008 e 2018, em resultado de incentivos fiscais concedidos à promoção do setor tecnológico.

Entre outras ajudas, a tecnológica disfrutou ainda de 1,6 mil milhões em subvenções e 2 mil milhões em descontos na aquisição de terrenos.

A Huawei fez saber através de um comunicado enviado ao WSJ que recebeu apoios "pequenos e não materiais" e que isso não é invulgar, observando que grande parte das ajudas foi concedida através de isenções fiscais destinadas ao setor tecnológico que também estam disponíveis para outras empresas.
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