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Vendas da Amazon superam 100 mil milhões pela primeira vez. Bezos vai deixar de ser CEO

A retalhista online superou as expectativas dos analistas em toda a linha. As vendas superaram pela primeira vez os 100 mil milhões de dólares, com a expansão do e-commerce a todo o vapor. Bezos deixará a presidência executiva no terceiro trimestre.

02 de Fevereiro de 2021 às 21:44
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A Amazon anunciou esta terça-feira mais um trimestre de fortes resultados, numa altura em que os consumidores continuam a acorrer mais à plataforma de comércio eletrónico por força dos confindamentos.

 

A retalhista online reportou um lucro de 7,2 mil milhões de dólares no quarto trimestre de 2020 (que abarca o período das compras natalícias), contra 3,3 mil milhões no mesmo período de 2019.

 

Assim, o lucro por ação ascendeu a 14,09 dólares – quando as projeções do consenso de mercado colocavam esse valor nos 7,23 dólares.

 

E o mesmo aconteceu com as receitas, com a empresa de comércio eletrónico liderada por Jeff Bezos a reportar um aumento de 44% do volume de negócios, para 125,56 mil milhões de dólares, contra expectativas de 119,70 mil milhões.

 

Foi a primeira vez que a Amazon registou vendas acima de 100 mil milhões de dólares.

  

Para o trimestre em curso, a Amazon projeta vendas líquidas entre 100 e 106 mil milhões de dólares, quando as estimativas do mercado apontam para 95,72 mil milhões.

 

Apesar de ter superado as expectativas, as ações da Amazon seguem a ceder 0,76% para 3.354,35 dólares no "after-hours" da bolsa nova-iorquina, depois de terem encerrado no horário regular da sessão desta terça-feira a somar 1,11% para 3.380 dólares.

 

A pressionar a negociação – a empresa está cotada no S&P 500 e no Nasdaq – poderá estar o anúncio de Jeff Bezos (na foto) de que deixará de ser CEO já no terceiro trimestre.

 

Bezos disse que se manterá como chairman, mas agora com funções executivas, sendo substituído como CEO por Andy Jassy, que lidera atualmente a Amazon Web Services.

 

Jeff Bezos sublinhou que irá focar-se em novos produtos e iniciativas. "Quando fazemos as coisas bem, alguns anos após uma surpreendente invenção essa nova coisa torna-se normal. As pessoas começam a bocejar. E esse bocejo é o maior elogio que um inventor pode receber", escreveu o ainda CEO.

 

"Quando olhamos para os nossos resultados financeiros, o que vemos são os resultados acumulados da invenção no longo prazo. Neste momento, vejo a Amazon no seu apogeu inventivo, fazendo com que seja a altura ideal para esta transição", acrescentou, ao explicar a sua decisão.

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