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Tesla derrapa mais de 20% nos últimos quatro dias e cai para território "bear"

A fabricante de veículos elétricos voltou a marcar passo no início da sessão desta sexta-feira, registando a quarta queda consecutiva.

04 de Setembro de 2020 às 15:32
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A Tesla está a cair mais de 5% na sessão desta sexta-feira, dando continuidade ao ciclo negativo que se amplia agora pelo quarto dia, o que representa a maior sequência de desvalorizações desde meados de março, quando a pandemia se fez sentir nos mercados de ações.

Assim, a empresa de Elon Musk cai para o "terrirório dos ursos" ou "bear market" nesse mesmo período, que se verifica quando um título ou índice cai mais de 20% desde o último pico. Quando o contrário acontece, diz-se que entra em "bull market". 

A Tesla renovou máximos históricos na segunda-feira, altura em que a fabricante de veículos elétricos consumou uma valorização de 500% só este ano. 

Este movimento técnico ocorre quando o "sell-off" de todo o setor de tecnologia se prolonga pelo segundo dia, com o Nasdaq a desvalorizar mais de 2%, depois da queda de 5% registada ontem que retirou 730 mil milhões de dólares ao índice de tecnologia.

As ações da Tesla, bem como de o índice Nasdaq Composite, estavam a ser negociadas em território "overbought", acima dos 70 pontos, há algum tempo, de acordo com o índice RSI (Relative Strength Index), um indicador que mede a força com que uma ação está a ser comprada ou vendida durante um determinado período. Sozinha, a empresa tem uma capitalização – superior a 370 mil milhões de dólares – maior do que as rivais Toyota e Volkswagen juntas.


Mesmo com estas quedas, todo o setor continua com um preço muito alto, como refere o analista da Wedbush, Dan Ives, numa nota de análise. "O mercado de ações tem assumido uma recuperação em V, liderada pelo setor tecnológico, que se tem mantido resiliente, e nós acreditamos que ainda pode voltar a subir mais 20% ou 30%", adianta.

Quanto à Tesla, o analista considera que o "Battery Day" deste ano, o encontro anual da empresa marcado para 22 de setembro, será o próximo grande "catalisador das ações", devido às novidades que serão reveladas. 
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