Ricardo Mendes, co-fundador da Tekever, explicou que a empresa portuguesa “desenvolveu um conjunto de comunicações que podem ir a bordo de vários tipos de satélites que neste caso são mini e micro satélites”. 

À margem da assinatura do acordo entre as duas empresas, o empresário português contou que a Tekever está a investir nesta área espacial há cerca de cinco anos, uma aposta que deverá agora começar a dar resultados. 

Ricardo Mendes (à direita na foto) detalhou que esta parceria envolve “não só software, é um sistema completo de hardware e software que pode ir a bordo dos satélites, quer em estações terrestres”.

Após investir “alguns milhões de euros”, a Tekever “vai ter agora as primeiras versões do produto e estamos na fase de integração de satélite e vamos ter em breve os primeiros lançamentos ainda este ano e o investimento continua”. 

O contrato entre a Tekever e a SECM é “para bastantes anos”, mas o objectivo principal é integrar a tecnologia da empresa portuguesa “dentro da plataforma de micro satélites e mini satélites que está a ser desenvolvida pela SECM.” 

Assim, “todas as missões que eles lançarem vão ter a bordo a nossa tecnologia, o volume de negócio vai depender da quota que nós conseguirmos apanhar”. 

Sem números concretos quanto ao contrato específico, Ricardo Mendes acredita que em termos globais “este mercado deverá valer dois mil milhões em 2018/19 e os chineses querem uma fatia desse mercado”. 

O nome da Tekever tem estado mais ligada ao desenvolvimento de drones, aviões não tripulados, mas a empresa portuguesa quer apostar neste segmento de tecnologia para o sector aeroespacial.