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Tecnológicas consideram Portugal apelativo para investir; descontentes com burocracia

As empresa de TI estrangeiras consideram que o mercado nacional é apelativo para o investimento, mas os entraves burocráticos e a morosidade dos processos legais ainda são impeditivos para este ser o primeiro destino de referência para essa aposta.

25 de Fevereiro de 2003 às 19:46
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As empresa de Tecnologias de Informação estrangeiras, sediadas em Portugal, consideram que o mercado nacional é apelativo para o investimento, mas os entraves burocráticos e a morosidade dos processos legais ainda são impeditivos para este ser o primeiro destino de referência para essa aposta.

Carlos Melo Ribeiro, director geral da Siemens Portugal, durante o seminário «Portugal Visto do Exterior», promovido pela APDC, referiu que um dos entraves ao investimento estrangeiro em Portugal é a dimensão do mercado nacional, referindo «que temos que estar atentos aos mercados emergentes, como é o caso da China».

«Portugal não está, nem vai estar na moda» frisou o responsável, uma vez que está a ser ultrapassado pelos mercados da Europa Ocidental que em termos de custo de trabalho é inferior ao praticado no mercado nacional.

O director da Siemens Portugal disse ser «necessário aumentar a produtividade e criar um conceito de excelência, aumentando também as exportações que é isso que cria valor num país».

A NEC Portugal, filial da empresa nipónica de componentes para telecomunicações, há mais de 25 anos em Portugal considera que não foi fácil investir neste mercado devido «a um choque cultural, um elevado nível burocrático, baixa credibilidade do Estado (face às leis)» disse António Mourão responsável da empresa.

O responsável da Ericsson Portugal, Hans-Erhard Reiter, salientou que Portugal tem uma posição geo-estratégica, mas «é o país que menos investe em educação e na formação dos seus quadros intermédios», dizendo que essa é uma das apostas da filial nacional da empresa sueca.

A Motorola Portugal pretende continuar a investir em Portugal, uma vez que «temos tido bons resultados que nos têm proporcionado a que continuemos a investir», mas «temos que constatar que há um mercado emergente, muito atractivo, na Ásia».

«Os novos investimentos na Europa Ocidental têm que passar por novos produtos», segundo a mesma fonte.

Rui Candeias Fernandes da Alcatel Portugal frisou que «temos que apostar na especialização e ter uma estratégia bem definida para captar o investimento estrangeiro que está disponível».

O responsável da IBM Portuguesa, José Joaquim Oliveira, salientou que a sua empresa «é um reflexo da oportunidade de investimento em Portugal», salientando alguns projectos como o Programa de Apoio ao Emprego e o projecto com a Universidade de Aveiro, para pesquisa e desenvolvimento.

«O valor da IBM Portuguesa foi o modo como nos enraizámos em Portugal e a nossa capacidade de adaptação», segundo a mesma fonte.

Os responsáveis pelas empresas de TI referiram que Portugal não se pode alienar das possibilidades de negócio dos países que irão entrar na União Europeia, mas que deverá apostar na divulgação do país e na diminuição dos entraves ao investimento quer nacional quer internacional.

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