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Startup vai fazer entrega de vacinas por drones nos EUA

A Zipline, um serviço de entrega por drones especializado em equipamentos médicos, anunciou esta semana que pretende começar a transportar vacinas contra a Covid-19 em abril.

06 de Fevereiro de 2021 às 19:00
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A startup de São Francisco disse em comunicado que fechou uma parceria com "uma fabricante líder em vacinas para a Covid-19" em todos os mercados onde os seus drones operam atualmente.

A Zipline tem entregado medicamentos e equipamentos a clínicas rurais no Ruanda e Gana desde 2016 e, no ano passado, iniciou entregas de equipamentos de proteção individual em hospitais e clínicas na Carolina do Norte. A empresa planeia começar a operar na Nigéria ainda este ano.

A Zipline não quis informar qual a empresa que fabrica a vacina, mas disse que desenvolveu um sistema que pode fornecer equipamentos médicos com temperatura ultrabaixa, incluindo todas as principais vacinas contra a Covid-19. O imunizante desenvolvido pela Pfizer e BioNTech deve ser armazenado em temperaturas negativas de 70 graus Celsius, o que exige sistemas de refrigeração especiais. A Zipline planeia equipar todos os seus centros de distribuição com esses refrigeradores.

A Zipline pode ajudar a contornar a necessidade desses sistemas - e evitar que as vacinas se estraguem - fornecendo repetidamente um pequeno número de doses a pedido. Uma clínica da sua rede, diz a empresa, poderá solicitar algumas dezenas de doses de uma vacina contra a Covid-19 e recebê-las em temperatura ultrabaixa em menos de uma hora.

Os drones de asa fixa e movidos a bateria da Zipline navegam por GPS. Lançam cargas úteis por paraquedas e podem voar até 160 quilómetros num trajeto de ida e volta. Um único local de distribuição pode operar dezenas de drones e abastecer uma área de até 20.800 quilómetros quadrados. A empresa diz que os seus drones voaram mais de 6 milhões de quilómetros e fizeram quase 400.000 entregas nos últimos cinco anos.

"Qualquer opção inovadora para distribuir vacinas em comunidades rurais é uma ótima ideia", disse Alan Morgan, diretor da National Rural Health Association, nos EUA. Quando a Pfizer começou a distribuir a sua vacina em dezembro, Morgan teve receio de que comunidades fora do alcance da cadeia de ultrafrio fossem deixadas para trás. Até agora, diz, não foi o caso, já que clínicas rurais conseguiram receber as entregas em gelo seco e realizar a vacinação rapidamente. "Mas, assim que começarmos a levar isso para a população em geral", diz, "chegar a essas cidades pequenas e remotas será um problema".

O CEO da Zipline, Keller Rinaudo, disse que a empresa quer ajudar áreas rurais que foram duramente atingidas pelo coronavírus. "O local onde se vive não deve determinar se se receberá ou não a vacina contra a Covid-19", disse no comunicado. "Podemos ajudar os sistemas de saúde a contornar os desafios de infraestrutura e da cadeia de abastecimento através da entrega instantânea."

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