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Samsung está a trabalhar em mais smartphones dobráveis
A Samsung Electronics tenta ser a primeira num novo segmento do mercado e está a desenvolver dois smartphones dobráveis para lançar depois do Galaxy Fold.
A empresa sul-coreana está a trabalhar num dispositivo que se fecha como uma concha e num outro que se dobra, semelhante ao Mate X, fabricado pela Huawei Technologies, segundo fontes que pediram para não serem identificadas por estarem a falar sobre planos internos.
O Galaxy Fold, que a Samsung pretende lançar em abril por 1.980 dólares nos EUA, fecha-se para dentro, como um notebook. O Mate X dobra-se para fora.
Xiaomi has revealed a fold-in-three smartphone https://t.co/pF5s8HbzJ8 pic.twitter.com/LH6qEFO9Rd
— BBC News Technology (@BBCTech) 23 de janeiro de 2019
Ainda é cedo para medir a procura por smartphones com telas flexíveis, mas a Samsung e concorrentes estão empenhadas em ganhar vantagem sobre a Apple neste setor que movimenta 495 mil milhões de dólares — especialmente perante do abrandamento das vendas. A Xiaomi está a desenvolver um aparelho que se dobra duas vezes, como foi demonstrado num vídeo divulgado em janeiro. Já a fabricante do iPhone não anunciou qualquer plano a envolver smartphones deste tipo.
"Ninguém sabe ainda qual é o design ideal", afirmou Bryan Ma, responsável na IDC. "O momento é propício para a experimentação. Muitos destes designs não terão sucesso, mas quem trabalha no setor aprenderá lições valiosas."
Uma porta-voz da Samsung recusou-se a comentar sobre os planos para novos telefones dobráveis.
A Samsung, que tem sede em Suwon, pretende apresentar o aparelho que se dobra verticalmente no final deste ano ou início de 2020 e está a usar dispositivos de teste para aperfeiçoar o design, segundo as fontes. O aparelho atual tem um ecrã a mais, mas as fontes relatam que a empresa estuda removê-la, dependendo de como os consumidores vão reagir a uma oferta semelhante no Galaxy Fold. O dispositivo que se dobra com a tela para fora será mais fino porque não tem ecrã adicional, disseram as fontes.
A Samsung talvez incorpore um sensor embutido de impressão digital nos aparelhos dobráveis, como fez com o modelo Galaxy S10, anunciado no mês passado. Enquanto trabalha nos novos modelos, a empresa tenta aumentar a durabilidade do ecrã do Galaxy Fold, esforçando-se para eliminar um vinco que aparece no painel após ter sido dobrado cerca de 10.000 vezes. A Samsung estuda oferecer a troca grátis dos ecrãs após o lançamento do produto, segundo uma das pessoas entrevistadas.
Esta imperfeição surge na película protetora do Galaxy Fold, de acordo com esta fonte, que revelou que este foi um dos motivos pelos quais a Samsung manteve o aparelho dentro de uma redoma na feira MWC, em Barcelona, no mês passado. A porta-voz da Samsung argumentou que o Galaxy Fold foi exibido desta maneira porque a empresa queria direcionar a atenção para o Galaxy S10, que será lançado em breve, e não por haver um problema com a qualidade do aparelho dobrável.
A Samsung espera produzir pelo menos um milhão de telefones dobráveis este ano. A empresa tenta atrair consumidores que se acostumaram a melhorias adicionais e estão a optar por smartphones mais baratos de marcas chinesas.
A Samsung produz chips de memória, televisores e fabrica internamente as telas dobráveis, além de fornecer tecnologia para concorrentes como a Apple. A companhia sul-coreana vendeu 291,3 milhões de telefones no ano passado e a Huawei vendeu 205,8 milhões, segundo a Strategy Analytics. A previsão é que a Samsung venda mais de 40 milhões de unidades do Galaxy S10 no primeiro ano após o lançamento, de acordo com a Counterpoint.
A Samsung demorou oito anos a desenvolver o Galaxy Fold e trabalhou com o Google para adaptar o sistema operacional Android ao ecrã dobrável. A empresa visualiza um futuro com ecrãs rolantes e ampliáveis nos smartphones, afirmou o vice-presidente executivo Chung Eui-suk no site corporativo no mês passado.
(Texto original: Samsung Is Said to Be Preparing More Foldable Smartphone Models)