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Roff dá gás a expansão para novos mercados do grupo francês Gfi

Liderada por Francisco Febrero, um dos accionistas da Pivot que está a comprar o Efisa, a Roff e os seus 800 funcionários vão integrar o grupo Gfi. Os franceses já estão em Portugal onde contam com 480 profissionais.

Correio da Manhã
07 de Novembro de 2016 às 14:44
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A Roff vai mudar de mãos. A empresa, que tem o seu negócio suportado na tecnologia da alemã SAP, sai da Reditus e passa a ser da Gfi Informatique. A companhia portuguesa vai ajudar à expansão para novos mercados do grupo francês.

 

O presidente da administração da Gfi Informatique, Vincent Rouaix, admite que a competência da Roff vai "fortalecer" a sua oferta de "soluções para novos mercados em crescimento, como a América Latina e o Médio Oriente e África", segundo a nota de imprensa divulgada esta segunda-feira, 7 de Novembro.

 

Com a operação, o grupo francês passa a controlar a maior parceira da SAP em Portugal, que tem como clientes a EDP – que em 2014 era a maior –, a Givaudan e a Solvay.

 

Neste momento, a Roff, que conta com mais de 800 trabalhadores, tem escritórios em Lisboa, Porto e Covilhã mas também está presente, entre outros, em Luanda, Casablanca e São Paulo. Já o grupo francês, com 11 mil funcionários, opera em sete países, incluindo Portugal, sendo que Marrocos é o único fora da Europa. A Gfi em território nacional está presente em Lisboa e Porto, empregando 480 colaboradores.

A expansão para a América Latina do grupo gaulês Gfi Informatique é facilitada também pela aquisição da espanhola Efron que ocorreu na semana passada.   

 

Ainda não há preço para a transacção que envolve a Roff, sociedade presidida por Francisco Febrero (na foto, que é um dos accionistas na estrutura accionista da Pivot, compradora do Banco Efisa ao Estado), e a empresa francesa. 

 

"Os termos contratuais têm como referência o encerramento das contas auditadas de 2016, pelo que a contrapartida definitiva será apurada durante o primeiro trimestre de 2017, após o fecho do exercício", indicava a Reditus, dona da Roff, na semana passada. As receitas da consultora foram de 60,5 milhões no ano passado, sendo que a Gfi indica que as expectativas são de um volume superior a 60 milhões de euros este ano. 

 

Reditus muda organização e emagrece

 

"Esta alienação insere-se no reposicionamento estratégico do Grupo Reditus, permitindo acelerar o processo de reestruturação interna em curso (operacional e financeira) e criar condições para a concretização do seu plano de negócios, assente no desenvolvimento das suas actividades nos mercados externos, particularmente em África", assinala o comunicado da Reditus na semana passada.

 

A Reditus, presidida por Francisco Santana Ramos, tem como principal accionista o empresário e administrador Miguel Pais do Amaral (25,6%) sendo que o BCP é o segundo maior (19,5%), de acordo com o site oficial.

 

A empresa tecnológica tem estado a alterar a sua organização interna, contando agora com três áreas de negócio principais: os serviços de clientes (o centro de contactos, por exemplo), os serviços tecnológicos (onde se insere a consultoria SAP e que agrega as várias áreas, anteriormente separadas, de cariz meramente tecnológico) e a área internacional (Moçambique, Angola e Guiné Equatorial).

 

Segundo o último relatório e contas, a área de tecnologias de informação da Reditus representou 70% das suas receitas. Neste ramo, 78% do volume era assegurado pela Roff. É este o valor que sai agora, no âmbito da reestruturação interna, para a Gfi.

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