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Reino Unido desmente Trump e nega influência na exclusão da Huawei

O líder da Casa Branca afirmou que teve um papel a convencer países como o Reino Unido da "necessidade" de afastamento da Huawei das infraestrutura de telecomunicações.

10.º Huawei: 65,08 mil milhões de dólares
Hannibal Hanschke/Reuters
15 de Julho de 2020 às 16:38
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O ministro da Saúde britânico Matt Hancock negou que a decisão de banir a Huawei da rede de 5G do Reino Unido tenha tido a influência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao contrário do que este último afirmou.

"Todo o tipo de pessoas podem alegar terem créditos na decisão mas esta foi baseada numa avaliação técnica feita pelo Centro de Segurança Cibernética Nacional", afirmou Hancock, numa entrevista à Sky News.

Este comentário vem na sequência das declarações de Trump desta-terça feira, o dia da decisão em Londres. O líder da Casa Branca afirmou que teve um papel a convencer países como o Reino Unido da "necessidade" de afastamento da Huawei das infraestrutura de telecomunicações no ocidente.

"Convencemos muitos países, muitos países. Fi-lo sozinho em grande parte, isto de não usar a Huawei, porque consideramos que é um risco de segurança, um grande risco de segurança", afirmou Trump, citado pela Reuters.

O Reino Unido decidiu esta terça-feira, 14 de julho, banir a gigante de telecomunicações chinesa Huawei da construção da rede 5G no país. Em declarações no parlamento, o ministro da Cultura britânico, Oliver Dowden, afirmou que as operadoras de telecomunicações serão forçadas a parar de comprar equipamento à Huawei no final do ano, ao mesmo tempo que devem retirar o equipamento da empresa chinesa da sua infraestrutura até 2027.

Em reação, a Huawei defendeu que esta é uma questão de política comercial e de segurança, e que resulta da pressão dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, a tecnológica chinesa realça como as mesmas questões de segurança não são levantadas no que toca à rede 2G e 3G.

Independentemente da influência direta que Trump pode ter tido ou não na decisão do Reino Unido, os Estados Unidos têm dificultado a vida à tecnológica chinesa. Mais recentemente, o "golpe" disferido foi a exigência de que fabricantes estrangeiros que usem chips produzidos nos Estados Unidos precisam de uma licença antes de venderem semicondutores à Huawei.

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